quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PR defende acordo bilateral com Portugal para permanência da GNR depois de 2012




MSE - LUSA

Díli, 04 out (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, insistiu hoje que as autoridades timorenses e portuguesas deviam celebrar um acordo bilateral para manter a Guarda Nacional Republicana (GNR) no país após a saída das forças internacionais.

"É minha opinião pessoal e como chefe de Estado, não sei se serei chefe de Estado em 2012, é de que, por medida de prudência, valeria a pena Timor-Leste celebrar um acordo bilateral com Portugal para manter aqui durante algum tempo mais uma presença da GNR", afirmou Ramos-Horta em declarações à Agência Lusa.

Segundo o Presidente timorense, a presença da GNR seria justificada sobretudo para continuar a dar formação técnico-profissional e em áreas da especialidade de que Timor-Leste precisa, nomeadamente corpo de segurança pessoal, polícia marítima para as águas territoriais, polícia de fronteira e crime organizado.

"A GNR está capacitada para isso, porque eu não acredito que em 2012, ano de eleições, os programas de formação possam ser levados a cabo enquanto decorrem atividades operacionais ligadas às eleições", salientou.

"Para cumprir as metas estabelecidas para profissionalização, modernização da Polícia Nacional de Timor-Leste deveríamos ter um programa bilateral para a continuação da presença da GNR", disse.

"Obviamente, teria de ser sustentado pelo Orçamento do Estado timorense sem quaisquer encargos para o Estado português", esclareceu também o Presidente timorense.

José Ramos-Horta falava à Lusa no final da cerimónia de imposição das medalhas da Solidariedade de Timor-Leste e da Missão Integrada da ONU no país aos militares do 11.º contingente da GNR, que termina funções no final deste mês.

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