sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Portugal: "Redução de quatro feriados é um absurdo", diz Carvalho da Silva




EXPRESSO – LUSA - ontem

O secretário-geral da CGTP defendeu que a redução de quatro feriados anuais "não resolve o problema do País".

O secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, afirmou hoje que a redução de quatro feriados anuais "não resolve o problema do País" e "é um absurdo", considerando que a medida faz parte de um projeto que é um desastre.

"Esta ideia de que sairmos da situação de bloqueio é uma questão de pôr as pessoas a trabalhar mais dias e mais horas é um absurdo", afirmou hoje Carvalho da Silva, à margem do ciclo "Grandes Debates do Regime", da Câmara Municipal de Porto.

Em declarações aos jornalistas, o dirigente sindical criticou a insistência do Governo "numa linha que apenas elimina os direitos de quem trabalha enquanto diminui a retribuição do trabalho", fazendo a analogia com "um cavador que pode ser o melhor do mundo, mas nem que fique 24 horas a cavar consegue competir com um trator".

Para Carvalho da Silva, "há margem de manobra" no Orçamento do Estado para 2012, "desde que a especulação bolsista e a riqueza fossem taxadas", mas "transformar o empobrecimento numa perspetiva estratégica de solução para um País que precisa de mais riqueza é um absurdo".
"Não podemos ter tantos feriados e tantas pontes", diz ministro

O Governo anunciou hoje que irá propor aos parceiros sociais e à Igreja a redução de quatro feriados anuais, dois civis e dois religiosos, afirmou o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira.

O governante, na sua primeira intervenção no Parlamento durante a discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2012, enunciava as medidas que o seu Ministério está a pôr em curso, dizendo que o País não pode ter tantos feriados.

"Estamos também a discutir em sede de concertação social uma redução das paragens laborais. Não podemos ter tantos feriados e tantas pontes. Assim, o Governo irá propor aos parceiros sociais e à Igreja a redução de quatro feriados, dois civis e dois religiosos", disse Álvaro Santos Pereira.

*Foto Paulo Novais -  Lusa

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