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Lisboa, 30 nov (Lusa) - O governo de Timor-Leste quer diversificar os investimentos do seu Fundo Petróleo, para conseguir rendimentos mais elevados, e já viu aprovada no Parlamento uma lei que permite aplicar recursos do fundo com maior flexibilidade, revelou o ministro da Economia.
"Vamos procurar outros fundos que nos possam trazer rendimentos maiores", disse o ministro da Economia e Desenvolvimento de Timor-Leste, João Gonçalves, explicando que os nove mil milhões de dólares colocados nos títulos de dívida dos EUA estão a render pouco, sobretudo devido à desvalorização da moeda norte-americana.
O governante, que falava à agência Lusa nesta terça-feira à margem da assinatura de um protocolo com a Associação Industrial Portuguesa, em Lisboa, adiantou que o parlamento timorense já aprovou uma lei que autoriza o executivo a diversificar o investimento.
Segundo a lei anterior, 90 por cento dos proveitos do petróleo eram obrigatoriamente investidos em títulos do tesouro norte-americano. Com a nova lei, o governo passa a poder utilizar 50% da totalidade do fundo em outros investimentos.
Sobre a possibilidade de estas verbas serem investidas nas privatizações em curso em Portugal, João Gonçalves recordou que a vontade existe e já foi expressa pelo Presidente e pelo primeiro-ministro de Timor-Leste.
Explicou que o executivo timorense está a preparar a constituição de uma entidade estatal de investimentos, com um fundo de 200 milhões de dólares, através da qual poderá vir a investir em Portugal, nomeadamente na EDP e na Galp Energia.
No entanto, isto não será para breve, uma vez que a criação da agência ainda não foi aprovada pelo parlamento.
"Alternativamente, quando tivermos o Banco Nacional de Desenvolvimento e Investimento aprovado, pode ser uma opção investir em empresas portuguesas através desse banco", o que poderá acontecer no próximo ano, depois das eleições legislativas no país.
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