ORLANDO CASTRO*, jornalista – ALTO HAMA*
A propósito de qualquer coisa, ou de uma coisa qualquer, olho o horizonte limitado que me rodeia e tenho, obrigatoriamente, de concluir que na primeira fila do teatro da vida está a subserviência, colectiva ou individual.
E está na primeira fila, na ribalta, porque quer ser vista. A competência, essa está lá atrás porque – modesta como sempre – apenas quer ver.
Um amigo, dos que está cá atrás, diz-me que um dos que está lá na primeira fila pediu para sair. Dito de outra forma, pôs o lugar à disposição. Ao justificar que essa atitude é bem nobre, o meu amigo teve de mudar de lugar e ir bem mais lá para a frente.
É que, quer se queira ou não, só pede para sair quem afinal quer ficar.
No entanto, ao questionar a alusão à mudança de lugar, o meu amigo mostrou que é dos que pode e deve ficar cá atrás. Se entre a ignorância e a sabedoria só vai o tempo de chegar a resposta, só alguém inteligente é capaz de esperar pela chegada da resposta.
Os que sabem tudo, esses estão na primeira fila…
Cá atrás estão igualmente os que entendem que se um jornalista não procura saber o que se passa no cerne dos problemas é, com certeza, um imbecil.
Ainda mais atrás estão os que consideram que se o jornalista consegue saber o que se passa mas, eventualmente, se cala é um criminoso.
… vejo cada vez mais capatazes na primeira fila.
* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.
Título anterior do autor, compilado em Página Global: SER DO PSD É MAIS DE MEIO CAMINHO ANDADO
Nota de Página Global: Reduzimos em número as habituais publicações de notícias compiladas de vários órgãos de informação. Fique melhor esclarecido(a) em Força para resistir e lutar por um mundo melhor são os nossos votos para 2012
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