sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

LUSOFONIA SOMA PONTOS NA… CORRUPÇÃO



ORLANDO CASTRO*, jornalista – ALTO HAMA*

Que triste sina esta de ser angolano-português. Portugal foi mas já não é, Angola continua a não ser.

Enquanto no reino lusitano continua a marcha (sem opositores capazes de dar um chuto no mataco dos algozes) para instaurar um estado esclavagista, em Angola tudo continua na santa paz de um regime totalitário.

Angola continua a ser o país lusófono pior colocado (168º lugar entre 183) na tabela de corrupção, elaborada pela organização não governamental Transparência Internacional e que foi hoje divulgada.

Portugal mantém o 26º lugar o que, dizem os especialistas, é uma posição aceitável e, se calhar, digna para um país que está cada vez mais próximo do norte de África.

Não creio que essa posição no ranking mundial esteja certa, desde logo porque se sabe que a corrupção (política, económica, social, empresarial, judicial, financeira etc.) está para Portugal como Amália Rodrigues está para o fado.

Se calhar, admito, não é fácil à Transparência Internacional provar que os robalos são carros de luxo, que entrar pobre para a política é mais de meio caminho para ser milionário, que existem BPN com fartura e faces ocultas que nunca mais acabam.

No documento, intitulado "Índice de Percepção da Corrupção 2011", a Transparência Internacional determinou que a pontuação da tabela varia de 10 (livre de corrupção) a zero (altamente corrupto).

Ou seja, Portugal (quem diria?) é o menos corrupto, segue-se Cabo Verde (41º), Brasil (73º), Moçambique ficou na 120ª posição, com uma pontuação de 2.7; a Guiné-Bissau foi incluída no grupo dos 30 países mais corruptos à luz do Índice de Percepção da TI, estando este ano no 154º lugar, com 2.2 pontos; São Tomé e Príncipe está na 100ª posição, com 3.0 pontos. Já Angola é, entre os lusófonos, o pior colocado, com uma pontuação de 2.0, ocupando o 168º lugar.

O ranking da Transparência Internacional classifica a Somália, Coreia do Norte, Myanmar e Afeganistão como os países mais corruptos.

* Orlando Castro, jornalista angolano-português - O poder das ideias acima das ideias de poder, porque não se é Jornalista (digo eu) seis ou sete horas por dia a uns tantos euros por mês, mas sim 24 horas por dia, mesmo estando (des)empregado.


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