O Governo da Guiné-Bissau irá lançar o processo de passagem à reforma de militares, vista como fundamental para estabilidade do país. A reforma do setor de Defesa e Segurança é uma das grandes prioridades para 2012.
Deverá começar na próxima segunda-feira (23.01) o processo de desmobilização de quadros militares que atingiram a idade da reforma. O executivo de Carlos Gomes Júnior disponibilizou já cerca de 500 mil dólares para a constituição do fundo de pensões. “Com o apoio de alguns parceiros da Guiné-Bissau e com a contribuição da própria Guiné-Bissau temos já algumas verbas alocadas ao fundo de pensões”, salientou o primeiro-ministro guineense.
O atraso no estabelecimento deste fundo de pensões e consequentemente na implementação da reforma tem criado instabilidade constante nos quartéis e no próprio país. Mamadou Queita, membro da comissão que prepara esta reforma há vários meses , disse que tanto os militares como a sociedade civil vê com bons olhos a passagem de teoria para a prática.
“A situação nos quartéis não é boa por isso esta reforma é muito necessária para reduzirmos as nossas Forças Armadas e adaptá-las à nova realidade”, sublinha Mamadou Queita.
Governo compromete-se a dar emprego a militares
O recenseamento geral das Forças Armadas guineenses, realizado em 2008, aponta para a existência de 3.440 militares e destes a maioria está em idade de reforma.
A reforma do setor de Defesa e Segurança" é uma das grandes prioridades do país para o ano 2012", assinalou Carlos Gomes Júnior que garantiu que o executivo irá criara postos de trabalho para os militares desmobilizados. " Nós temos um programa já definido com o governo de Angola, que inclui a exploração de bauxite e a construção do Porto de Buba que vai empregar mais de 3 mil pessoas".
Autor: Braima Darame(Bissau) - Edição: Helena Ferro de Gouveia /António Rocha
Sem comentários:
Enviar um comentário