PNE - Lusa
Jacarta, 30 jan (Lusa) -- A corrupção custou à Indonésia no ano passado cerca de 180 mil milhões de euros, revela um estudo hoje divulgado pela imprensa local.
Danang Widoyoko, coordenador da organização "Indonesia Corruption Watch", entidade que realizou o estudo, indicou que o desfalque de fundos públicos causou as maiores perdas e que o investimento público é o setor estatal mais afetado.
Mais de metade das perdas decorreu do desfalque de fundos públicos, o método mais utilizado após a aprovação de projetos fantasma e sobrevalorização de custos.
Danang considera que o governo indonésio deveria ter impedido a ocorrência dos casos de corrupção, já que, alega, os seus métodos são "bastante primitivos e, portanto, fáceis de vigiar".
Na opinião do coordenador da "Indonesia Corruption Watch", as autoridades locais não estão a trabalhar de forma eficiente e não atuam com a diligência necessária para prevenir os casos de corrupção.
O mesmo responsável alertou para a possibilidade de, nos próximos dois anos, os políticos procurarem fundos ilícitos através das concessões de minas e plantações para financiarem as suas campanhas políticas.
"O elevado custo das campanhas levará os partidos a uma corrida para conseguirem dinheiro para as eleições de 2013, o que aumentará os eventuais casos de desfalque", sustentou.
A Indonésia, rica em recursos naturais e membro do G20, é uma das economias com mais potencial na Ásia, com um crescimento de 6,5 por cento em 2011 e um mercado de 237 milhões de pessoas, mas a corrupção e a carência de infraestruturas são os principais problemas que o arquipélago com mais de 17 mil ilhas enfrenta.
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