Será que com tantos economistas ainda não se aperceberam
das reais causas que obstaculizam o progresso da nossa economia
Emery Narciso - Téla Nón, opinião
A actual situação socioeconómico da República Democrática de São Tomé e Príncipe deve constituir sem dúvida um motivo de preocupação de todos, mas poucos são os que entendem que ao olho da comunidade internacional pode constituir uma situação preocupante.
A solução face à essa situação deve ser o arregaçar das mangas e trabalhar em prol do povo santomense que durante os 36 anos da sua independência, muito pouco há conhecido em termos de avanço em várias ordens. Hoje mais que nunca devemos todos entender o importante papel do esforço de cada um de nós os santomenses se realmente desejamos conhecer substancialmente melhorias em um futuro próximo.
Actualmente o mundo vive uns dos momentos mais difíceis da sua história com a crescente crise económica e financeira internacional que há abalado o mundo e desencadeado um conjunto de medidas e mecanismos de solução (as chamadas medidas de austeridade) em muitos dos países da zona euro como Portugal, Espanha, Grécia etc, o qual há chegado a pôr em perigo a existência da moeda única (o EURO). Esta situação tem trazido muitas consequências para os povos dos países envolvidos directamente, bem como os dos países que sofrem os efeitos colaterais.
S. Tomé e Príncipe não fica fora dos efeitos negativos da crise posto que ao longo da sua história tem vindo a desencadear um conjunto de relações de várias ordens com os países da zona euro e não só. Mas ainda que as dificuldades persistam e constituam um facto, com trabalho, dedicação e motivação se poderá ultrapassar a situação e alcançar os objectivos almejados. Não é um segredo para o nosso povo que muito há que se fazer para ultrapassar as circunstâncias, mas que para isto é necessário o referido anteriormente (muito trabalho, dedicação, esforço e motivação).
São Tomé e Príncipe depois de alcançar a independência em 12 de Julho de 1975 no há tido um papel protagónico no comercio internacional. Os resultados neste processo se hão traduzidos em uma balança de pago deficitária no marco de um processo onde a privatização da economia alcança um alto índice. Esta situação tem a sua base no constante deterioro dos índices das relações comerciais que o país tem vindo apresentando e que tende à agravar-se na actualidade, impedindo deste modo o bom desenvolvimento da Estabilidade Económica que todos almejamos.
O alcance da Estabilidade Económica é um reto que o país enfrenta no seu dia a dia. Os sucessivos governos de São Tomé e Príncipe têm vindo a lutar contra os obstáculos e claro (uns mais que outros) com vista ao alcance da tão almejada estabilidade económica, mas de facto este objectivo continua distanciando a medida que passa o tempo.
Será que com tantos economistas (alguns com certa referência) entre outros profissionais ainda não se aperceberam das reais causas que obstaculizam o bom progresso da nossa economia, ou será… a incapacidade para a criação de políticas, estratégias, medidas e mecanismos… com efeitos práticos? Poderíamos até colocar a interrogante: será a falta de amor à pátria, amor ao seu povo, ou será o pouco domínio de aquilo que constitui a sua função? Vamos refletir sobre esta questão caros camaradas e compatriotas.
Há uma inteira necessidade de aclarar estas ambiguidades de modo que possamos caminhar verdadeiramente rumo ao desenvolvimento e conseguintemente mudar o rosto do nosso país diante da comunidade internacional.
Impera a necessidade de evidenciar esforços a fim de encontrar formas e mecanismos efectivos (com resultados práticos) para por cobro a essa situação que o país vem enfrentando ano trás ano. Necessitamos de muito trabalho e poucos discursos.
A responsabilidade não deve recair exclusivamente sobre o governo para fazer face à esta situação, mas sim deve constituir uma preocupação de todos os santomenses já que de uma forma ou de outra todos temos implicações em este processo. E portanto, todos nós devemos contribuir para que a nação conheça dias melhores de modo que o futuro da nova geração não fique comprometido porque afinal, serão os homens e mulheres do amanhã.
Um bem haja a todos.
MSc. Lic, Emery Narciso - emerynarciso@yahoo.com.br
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