quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

"PARA BRANCO VER"




Nuno Ferro Marques – Liberal (cv), opinião, em Colunistas

Haja igual reconhecimento internacional pelo nome do actual primeiro-ministro de Cabo Verde e algum alento de justiça - entre os homens e as mulheres desta Nação, no país e na diáspora - que das “instituições que funcionam” já ninguém honesto e trabalhador e experimentado pode esperar – que José Maria Pereira Neves, o pulha, terá certamente todas as honras que merece.

Recuo no nome do Aeroporto Nelson Mandela?

E o pedido de desculpas – preto no branco - ao povo de Cabo Verde, África do Sul, África inteira e a todo o mundo – civilizado – (e/ou respectiva assumpção de responsabilidades, houvesse ética na governação) pela arrogância de brincar com o nome e a dignidade humana, o património da humanidade que é a luta e o sacrifício de Nelson Mandela, Steve Bico e tantos outros que a escória nunca vislumbrará?

Por muito que a miopia do estômago de um povo sofrido assediado pela canalha não tenha reparado na incivilidade, o acto ora revogado foi uma demonstração da dignidade que merece à canalha a saudosa diva dos pés descalços que dera o nome, por esses dias, ao Aeroporto de São Vicente.

Que melhor forma de desvalorizar o povo que em São Vicente reclamou o nome dessa mulher cabo-verdiana condecorada pelo mundo inteiro senão a de, nesses dias, de empreitada, atribuir outro nome a outro aeroporto, entre um cheque passado a uma pexinguinha e um servicinho prestado a outra, tudo, na verdade, para fazer uma cena de ciúmes a um chefe de Estado convidado a visitar por esses dias o país de Mandela?

Duma assentada, Cesária Évora e cada cabo-verdiano, Nelson Mandela e cada sul-africano serviram de escada ao coroamento anunciado do imperador da ignomínia, já instalado, de cama e mesa - a troco de alguma coisa - em terreno do Estado alienado pelo futuro conselheiro ex-presidente que por artes mágicas nunca apresentou, não apresenta e por sinal não vai apresentar contas, sequer, mediante as devidas queixas por quem de direito às “Instituições” ditas de direito “que funcionam”.

A escumalha reunida em malga-conselho em vez de esperar louros por corrigir o que não deveria ter sido admitido, reponha os dinheiros que têm sido sonegados ao povo para pagar a pexinguinhas ex-deputadas da Nação e a todas as outras governantes e ex-governantes, os de saias e as de calças - à razão/ cheque de 800.000$00 a peça (quantia idêntica a uma bolsa de estudos universitária com duração de cinco anos) e a outros thugs contratados pelo mentiroso, ladrão e assassino da dignidade deste povo que se lembrou de fazer do Aeroporto da Praia a tabanca dos devaneios de pulha que jamais deixará de ser.

Só podem ser todos - sem excepção – feitos da mesma matéria.

Se é falso, queiram desmentir-me publicamente e processar-me, cada um de vós e/ou todos juntos, nos Tribunais, esses mesmos que “funcionam”, em primeiro lugar, para não contrariar o Estado – leia-se a trampa que o contém e nele está contida.

Se não, tenham vergonha na cara, por vós e pelos vossos descendentes.

Todos e cada um de vós.

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