quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Angola: VIAS DE ACESSO ESTÃO DESTRUÍDAS



Valter Gomes, Maquela do Zombo – Jornal de Angola, foto de José Bule - Uíge

As vias de acesso que ligam a sede municipal de Maquela do Zombo às comunas de Sacandica, Béu e Cuilo Futa estão muito degradadas. A população percorre a pé os 320 quilómetros entre Maquela e Sacandica, 75 até à comuna do Béu e 185 até Cuilo Futa. Devido às condições da via, a viajem de carro é longa e espinhosa, chegando a durar dois dias.

Os charcos, buracos e ravinas tornam o trânsito difícil. Pontes e pontões estão degradados ou destruídos. As estradas construídas no período colonial, nunca beneficiaram de obras de restauro. Pelo caminho, observam-se aldeias com casas de pau a pique, cobertas de capim ou chapas de zinco.

Muitas pessoas, principalmente as mulheres jovens, percorrem quilómetros a pé, carregadas de produtos do campo, para vender nos mercados informais ou para o sustento das suas famílias.

Os homens dedicam-se à caça e à pesca para diversificar a dieta alimentar. A fertilidade da terra e os rios que atravessam os campos agrícolas garantem o sucesso na produção da mandioca e jinguba.

As populações também cultivam arroz, batata-doce, banana, café, ananás, abacaxi, feijão, milho, cana-de-açúcar e citrinos.

Nas três comunas, os habitantes também se dedicam à criação, em grande escala, de gado caprino, suíno e ovino, que serve apenas para consumo das suas famílias. A comercialização é dificultada pela falta de transporte, como consequência das condições em que se apresentam as vias de acesso. Em Sacandica, Béu e Cuilo Futa, o comércio é feito através de permutas. Os produtos alimentares cultivados nestas regiões são utilizados para trocar com os pequenos comerciantes ambulatórios. As vias de acesso que ligam a sede municipal de Maquela do Zombo às comunas de Sacandica, Béu e Cuilo Futa estão muito degradadas. A população percorre a pé os 320 quilómetros entre Maquela e Sacandica, 75 até à comuna do Béu e 185 até Cuilo Futa.

Devido às condições da via, a viajem de carro é longa e espinhosa, chegando a durar dois dias.

Os charcos, buracos e ravinas tornam o trânsito difícil. Pontes e pontões estão degradados ou destruídos. As estradas construídas no período colonial, nunca beneficiaram de obras de restauro. Pelo caminho, observam-se aldeias com casas de pau a pique, cobertas de capim ou chapas de zinco.

Muitas pessoas, principalmente as mulheres jovens, percorrem quilómetros a pé, carregadas de produtos do campo, para vender nos mercados informais ou para o sustento das suas famílias.

Os homens dedicam-se à caça e à pesca para diversificar a dieta alimentar. A fertilidade da terra e os rios que atravessam os campos agrícolas garantem o sucesso na produção da mandioca e jinguba.

As populações também cultivam arroz, batata-doce, banana, café, ananás, abacaxi, feijão, milho, cana-de-açúcar e citrinos.

Nas três comunas, os habitantes também se dedicam à criação, em grande escala, de gado caprino, suíno e ovino, que serve apenas para consumo das suas famílias. A comercialização é dificultada pela falta de transporte, como consequência das condições em que se apresentam as vias de acesso. Em Sacandica, Béu e Cuilo Futa, o comércio é feito através de permutas. Os produtos alimentares cultivados nestas regiões são utilizados para trocar com os pequenos comerciantes ambulatórios.
Paulo Yacala, presidente da Associação das Autoridades Tradicionais da comuna de Sacandica, referiu que a falta de reabilitação das estradas que ligam a Maquela do Zombo, tem criado graves problemas aos habitantes, principalmente no escoamento dos produtos agrícolas produzidos na região.

Falta de escolas

As autoridades tradicionais das comunas de Béu, Sacandica e Cuilo Futa estão preocupadas com a falta de escolas. Faltam também centros e postos médicos, maternidades, professores e enfermeiros.

A falta de uma antena para as operadoras de telefonia móvel deixa as populações mais isoladas. Não existem os serviços de Registo Civil. Na comuna de Sacandica existem apenas dois postos de saúde, um na sede comunal e outro na regedoria de Cuximane.

Estas unidades hospitalares, disse Paulo Yacala, há muito que estão incapacitadas para dar resposta aos problemas dos pacientes, devido ao estado avançado de degradação das suas estruturas.

O presidente da Associação das Autoridades Tradicionais de Sacandica disse que a falta de serviços de saúde com qualidade nas localidades tem obrigado os pacientes em estado crítico a procurarem os serviços de saúde da República Democrática do Congo. Um outro problema apresentado pelas autoridades tradicionais prende-se com a falta de escolas do segundo ciclo do ensino secundário.

Segundo as autoridades, nestas localidades, depois dos alunos concluírem a nona classe ficam impossibilitados de prosseguir os estudos.

As autoridades tradicionais defendem igualmente a construção de casas protocolares, escolas, centros de saúde, fornecimento de energia eléctrica e sistemas de abastecimento de água potável.

Uma comissão do Governo Provincial do Uíge trabalhou nas localidades de Sacandica, Béu e Cuilo Futa, no município de Maquela do Zombo, com o objectivo de radiografar no terreno as condições básicas de vida dos habitantes.

Os membros da comissão, coordenada pelo director provincial da Saúde, Benji Henriques, foram recebidos pelos administradores e autoridades tradicionais, com quem analisaram as áreas reservadas para a construção de novas unidades sanitárias e estabelecimentos escolares, além de outras infra-estruturas de impacto social.

As comunas de Sacandica e Béu têm três mil quilómetros quadrados, cada uma. A Sacandica tem sete regedorias, 67 aldeias e uma população estimada em 28.220 habitantes. A comuna do Béu tem 51 aldeias e uma população de 33.409 habitantes, maioritariamente camponeses.

A localidade de Cuilo Futa tem uma extensão de 2.766 quilómetros quadrados, quatro regedorias, 37 aldeias e uma população de 21.510 habitantes.

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