quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Portugal: PS quer explicações da Antena 1 sobre fim da crónica de Pedro Rosa Mendes



Sol - Lusa

O PS exigiu hoje esclarecimentos urgentes às direcções de informação e de programação da Antena 1 sobre o fim da crónica do escritor e também jornalista Pedro Rosa Mendes, na sequência de críticas feitas ao regime angolano.

A posição dos socialistas foi transmitida pelo deputado João Portugal, adiantando que o requerimento para solicitar audições dará entrada ainda hoje na mesa da Comissão Parlamentar de Ética, Cidadania e Comunicação.

Após as audições com os responsáveis da Antena 1 sobre o que esteve na origem da decisão de acabar com a crónica deste escritor, intitulada «Este tempo», João Portugal admitiu que o PS poderá ainda chamar ao Parlamento para dar explicações o ministro-adjunto e dos Parlamentares, Miguel Relvas.

«A Antena 1 é um canal de rádio que faz serviço público de comunicação e, como tal, deve esclarecer o que se passou com total transparência. Queremos saber se houve alguma influência da tutela para que a direcção de informação ou de programas tomasse esta posição em relação a uma opinião livre, ou se estas direcções, para fazerem algum frete ao Governo, tomaram esta decisão [por si]», justificou João Portugal.

O deputado socialista deixou ainda «um apelo» aos deputados do PSD e do CDS «para que votem favoravelmente o requerimento».

«Nos últimos tempos, no que respeita a um conjunto de directores de informação que chamámos ao Parlamento, designadamente os da RTP Madeira e Açores, PSD e CDS inviabilizaram sempre os requerimentos do PS. No caso concreto de uma possível censura de uma opinião de um jornalista, esperamos que PSD e CDS votem desta vez favoravelmente», disse.

No caso desta matéria relacionada com o escritor apenas competir à direcção de programas da Antena 1, o PS poderá chamar tanto o director de informação, João Barreiros, como o de programação, Rui Pego.

«Na Antena 1, alguém responsável deve vir aqui prestar esclarecimentos. Em segunda instância, depois de ouvirmos os directores de informação e de programação, se entendermos conveniente, chamaremos também a comissão o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares», acrescentou.

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