terça-feira, 31 de janeiro de 2012

RAMOS HORTA RECANDIDATO À PRESIDÊNCIA DE TIMOR-LESTE



MSE - Lusa

Díli, 31 jan (Lusa) - O presidente timorense, José Ramos-Horta, anunciou hoje que se vai recandidatar ao cargo de chefe de Estado nas eleições a realizar a 17 de março, mas sublinhou que não fará campanha eleitoral.

"Decidi então depois de muita reflexão, última reflexão aqui simbolicamente na igreja de Motael, submeter o meu nome também à eleição de 2012, à eleição presidencial", afirmou José Ramos-Horta.

O chefe de Estado timorense falava aos jornalistas após uma série de visitas que hoje realizou em Díli, nomeadamente ao Hospital Guido Valadares, ao estabelecimento prisional de Becora e ao cemitério de Santa Cruz, e de rezar na igreja de Motael.

Segundo José Ramos-Horta, a sua decisão foi tomada depois de muita reflexão e de ter ouvido milhares de timorenses e amigos estrangeiros.

"Depois de muita reflexão tendo ouvido muitos milhares de timorenses ao longo destes meses, tendo ouvido líderes políticos, religiosos, intelectuais, tendo ouvido amigos no estrangeiro, nomeadamente na Indonésia, Austrália, Portugal e outros países com quem conversei ao longo destes meses, todos, unanimemente, recomendavam insistentemente que eu me recandidatasse", explicou.

Questionado sobre a sua campanha eleitoral, José Ramos-Horta disse que não fará campanha eleitoral e que se o povo não o conhece depois de quase 40 anos a servir o país é porque não deverá ser eleito.

"Não vou fazer campanha, mas os pés descalços, as mães, as irmãs vão fazer campanha por mim. Eu não posso impedi-los, mas eu não vou correr o país. São só duas semanas. Quem não conhece o país, não é em duas semanas que vai percorrer o país. Se o povo não conhece não é em duas semanas que vai convencer, portanto, se eu ao fim de quase 40 anos a servir o país, 10 anos desde a independência como ministro dos Negócios Estrangeiros, como primeiro-ministro, como Presidente ainda tenho de fazer campanha para dizer quem sou eu, algo está mal comigo e então não deverei ser eleito", explicou.

José Ramos-Horta, cuja candidatura é hoje entregue ao Supremo Tribunal de Recurso, afirmou também que aguarda as "eleições com total serenidade e o veredicto do povo".

"Se o povo decidir votar em mim como fez em 2007, aceito uma vez mais esta cruz de pau pesado, que continuarei a transportar como vim a transportar ao longo dos últimos cinco anos, mesmo quando cai na primeira estação, em fevereiro de 2008, muitos pensaram que eu ia desistir e continuei a carregar esta cruz", afirmou.

Em relação aos outros candidatos às presidenciais de 17 de março, o Presidente timorense disse ter um "enorme respeito" por todos, salientando o general Taur Matan Ruak, o presidente da Fretilin, Francisco Lu Olo Guterres, e o presidente do parlamento nacional, Francisco La Sama de Araújo.

"Ambos refletem o heroísmo o patriotismo dos timorenses e qualquer um deles, se vierem a ser eleitos, incluindo o atual presidente do parlamento e presidente do Partido Democrático, Fernando La Sama de Araújo, qualquer um deles se vier a ser eleito, qualquer um deles sabem e o povo sabe que terão um aliado, um amigo, um colaborador incondicional, fiel, para que juntos possam continuar a garantir a estabilidade de Timor-Leste, a continuidade da nossa democracia, a continuidade da nossa prosperidade", disse.

Caso venha a ser eleito, José Ramos-Horta disse que vai eleger como prioridade absoluta a continuação da reforma, modernização e profissionalização das forças de defesa e segurança, bem como as vias de comunicação, saúde e a educação, principalmente ao nível do pré-escolar.

O Presidente timorense disse também acreditar que os candidatos às eleições presidenciais vão dar "uma lição ao mundo" pelo comportamento que vão ter durante a campanha eleitoral.

5 comentários:

Anónimo disse...

horta ja e hora para ti procurar a sua raiz, voce nao e Timorense puro
TIMOR E SO PARA TIMOR PURO

Anónimo disse...

TRISTE MANIFESTAÇÃO DE RACISMO!

Anónimo disse...

Você ainda não se demitiu, Sr. Ramos Horta! Por que você não cumpri a lei como todos os outros! Que vergonha!

Anónimo disse...

Você ainda não se demitiu, Sr. Ramos Horta! Por que você não cumpri a lei como todos os outros! Que vergonha!

Anónimo disse...

Por MAUBERE REVOLTADO

No domingo eu escrevi que andava muito desconfiado das 100.000 assinaturas que Ramos Horta angariou em apoio à sua candidatura, até levantei a hipótese de ele as ter triplicado ou comprado as ditas rubricas. Aposto que entre os leitores houve quem tivesse duvidado aqui deste Maubere. Pois é...

Parece que aqui as minhas desconfianças são mais do que legítimas, porque alguma coisa não bate certo. Eu passo então a explicar aos prestimosos leitores (estou pior que o Zé Forbes).

Ontem o Zezinho (Horta) fez a entrega da sua candidatura ao Tribunal de Recurso de Díli e a comunicação social local noticiou que, " apesar do apoio eleitoral ter sido de 100.000 eleitores, a equipa (de Ramos Horta) apenas entregou 7.997 fotocópias de cartões eleitorais ao Tribunal de Recurso" - TVTL.

Porque será que o Presidente da República não entregou ao Tribunal todas as assinaturas, elas pesavam muito? Eu disse e repito, RAMOS HORTA É UM MENTIROSO COMPULSIVO!

Só quem não conhece Ramos Horta pode acreditar que se ele tivesse 100.000 assinaturas não as levaria TODAS para o Tribunal de Recurso. A vaidade e o egocentrismo deste homem não permitiriam que não nos esfregasse na cara as tais cem mil rubricas. Os tolinhos e os bajuladores esses sim acreditam neste aldrabão! Eu, não!

Há mais, mas por agora não digo nada porque ainda não sei com toda a certeza das outras fraudes que alegadamente este homem cometeu com as assinaturas, mas se se confirmar o que muitos andam a dizer aos sussurros, é grave. Muito grave!

Mais valia não se ter recandidatado, se foi para mentir logo à partida ao povo timorense e ao mundo, mas este tem sido sintomaticamente o comportamento indigno de Ramos Horta, durante todo o seu mandato.

Ramos Horta! Não é o senhor quem carrega a cruz ao servir este nobre povo - como disse ontem no seu discurso - é o povo timorense quem carrega uma grande cruz, ao ter elegido um Presidente da República como o senhor.

Servir este povo deveria de ser considerado por todos os governantes timorenses um PRIVILÉGIO, e não uma cruz. O Povo Maubere merece um Chefe de Estado melhor do que o senhor, muito, muito melhor! FORA, SEU TRASTE!

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