Paulo Miguel Madeira - Público
Negociações prosseguiam em Atenas
As duas principais centrais sindicais gregas, a Adedy e a GSEE, apelaram hoje a uma greve geral amanhã contra as novas medidas de “rigor financeiro” exigidas pela União Europeia e pelo FMI, quando o primeiro-ministro não eleito Lucas Papademos tentava alcançar o apoio dos partidos no Governo para as reformas exigidas pela EU e pelo FMI.
Os líderes dos três partidos políticos no poder na Grécia deveriam ter respondido até às 10h00 de hoje (hora de Lisboa, 12h em Atenas) às exigências da troika sobre as condições do novo resgate de que o país precisa para não entrar em incumprimento, mas não houve entendimento.
Um porta-voz do Partido Socialista grego tinha informado daquele novo limite, na sequência do novo impasse que pode levar a um incumprimento desordenado do reembolso da dívida grega, pondo em causa a continuação do país no euro. Os líderes partidários estarão receosos da reacção dos eleitores, que até Abril deverão ser chamados a pronunciar-se em eleições legislativas, na sequência da demissão no final do ano do primeiro-ministro eleito do Partido Socialista, George Papandreou, que originou a constituição do actual Governo provisório.
Papademos, um tecnocrata, deveria encontrar-se primeiro com os representantes da troika, até meio do dia, e depois com o trio de líderes partidários – George Papandreou, do Partido Solcialista, Antonis Samaras, conservador, e Georges Karatzaféris de extrema-direita.
No entanto, Atenas dispõe ainda de alguns dias antes de estar condenada ao incumprimento. Para isso, teria de lançar até por volta de dia 13 a oferta de troca de obrigações soberanas junto dos credores privados que lhe permitira reduzir a sua dívida pública em cerca de cem mil milhões de euros, segundo a agência francesa AFP.
Esta troca de obrigações é condição prévia para o país poder receber então o segundo resgate da troika FMI-BCE-Comissão Europeia, que está avaliado em pelo menos 130 mil milhões de euros, para que possa continuar a cumprir as suas obrigações financeiras. E só assim poderá reembolsar os 14,5 mil milhões de euros das obrigações que vencem a 20 de Março – se não o fizer, será então o momento da bancarrota.
A drama grego não deverá ser no entanto só dos gregos, pois um incumprimento desordenado terá custos pesados também o sistema financeiro, sobretudo o europeu.
Depois de uma reunião de cinco horas ontem, os dirigentes dos três partidos no poder em Atenas (socialistas, direita e extrema-direita) conseguiram entender-se sobre o volume de poupanças exigidas (1,5% do PIB), sobre a aplicação de reformas com vista a baixar os custos de produção e sobre um esquema de recapitalização dos bancos.
No entanto, ficou por acordar a satisfação de algumas das exigências da troika, nomeadamente a redução do salário mínimo no país, que os parceiros sociais e os partidos têm rejeitado.
Manuel Farto, professor de economia da Universidade Autónoma ouvido pela TSF, considera que o braço-de-ferro vai-se manter por mais dias, com a troika a pressionar a Grécia para chegar a uma solução, mas diz também que a Europa já deverá está a pensar no pós-Grécia.
Um porta-voz do Partido Socialista grego tinha informado daquele novo limite, na sequência do novo impasse que pode levar a um incumprimento desordenado do reembolso da dívida grega, pondo em causa a continuação do país no euro. Os líderes partidários estarão receosos da reacção dos eleitores, que até Abril deverão ser chamados a pronunciar-se em eleições legislativas, na sequência da demissão no final do ano do primeiro-ministro eleito do Partido Socialista, George Papandreou, que originou a constituição do actual Governo provisório.
Papademos, um tecnocrata, deveria encontrar-se primeiro com os representantes da troika, até meio do dia, e depois com o trio de líderes partidários – George Papandreou, do Partido Solcialista, Antonis Samaras, conservador, e Georges Karatzaféris de extrema-direita.
No entanto, Atenas dispõe ainda de alguns dias antes de estar condenada ao incumprimento. Para isso, teria de lançar até por volta de dia 13 a oferta de troca de obrigações soberanas junto dos credores privados que lhe permitira reduzir a sua dívida pública em cerca de cem mil milhões de euros, segundo a agência francesa AFP.
Esta troca de obrigações é condição prévia para o país poder receber então o segundo resgate da troika FMI-BCE-Comissão Europeia, que está avaliado em pelo menos 130 mil milhões de euros, para que possa continuar a cumprir as suas obrigações financeiras. E só assim poderá reembolsar os 14,5 mil milhões de euros das obrigações que vencem a 20 de Março – se não o fizer, será então o momento da bancarrota.
A drama grego não deverá ser no entanto só dos gregos, pois um incumprimento desordenado terá custos pesados também o sistema financeiro, sobretudo o europeu.
Depois de uma reunião de cinco horas ontem, os dirigentes dos três partidos no poder em Atenas (socialistas, direita e extrema-direita) conseguiram entender-se sobre o volume de poupanças exigidas (1,5% do PIB), sobre a aplicação de reformas com vista a baixar os custos de produção e sobre um esquema de recapitalização dos bancos.
No entanto, ficou por acordar a satisfação de algumas das exigências da troika, nomeadamente a redução do salário mínimo no país, que os parceiros sociais e os partidos têm rejeitado.
Manuel Farto, professor de economia da Universidade Autónoma ouvido pela TSF, considera que o braço-de-ferro vai-se manter por mais dias, com a troika a pressionar a Grécia para chegar a uma solução, mas diz também que a Europa já deverá está a pensar no pós-Grécia.
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