segunda-feira, 24 de março de 2025

Eleitores portugueses têm tendência para elegerem trapaceiros e eventuais criminosos

Olha que dois e mais outros tantos


Ao fim da noite de ontem os resultados das eleições regionais na ilha da Madeira deram a vitória a Miguel Albuquerque, do PSD, como chefe do governo regional. Uma reeleição após o governo dele ter caído perante moção de censura no parlamento regional. A acrescentar Miguel Albuquerque está a contas com a justiça por suspeitas de durante o desempenho do seu cargo como presidente do governo madeirense poder ter cometido irregularidades ou talvez crimes. Não se sabe, o que se sabe é que ele está a contas com a justiça depois de uma espetacular operação do Ministério Público/Polícia Judiciária. Porém mesmo assim, ontem, foi reeleito para continuar como chefe do governo regional da Madeira. Lá vamos ter novamente o referido sujeito a assumir o cargo e tomar posse brevemente em chefe do governo daquela ilha portuguesa.

Entretanto no continente português, no cargo de primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, agora em gestão por ter sido derrubado através de uma moção de confiança que demonstrou que nele não confia Portugal inteiro vai a eleições legislativas em 18 de maio próximo. A acusação nacional é a de falta de ética e de explicações exatas, realmente esclarecedoras, sobre a acumulação do cargo de primeiro-ministro com proprietário e dirigente principal da empresa Spimnumviva, o que eventualmente resulta em falta de ética e de conflitos de interesses. O assunto está sob uma grande embrulhada por explicar devidamente e por isso a queda do governo Montenegro.

Muito está por esclarecer. O setor da Justiça, titubeante, parece, sobre o caso, mal atuar num ritmo de devagar, devagarinho e parado. Quase nada os portugueses sabem e Montenegro, chefe do PSD, assume novamente a sua candidatura a primeiro-ministro nas eleições legislativas de 18 de maio. Tal qual como Miguel de Albuquerque da Madeira o fez e foi novamente eleito. É perspetiva que o que aconteceu na ilha da Madeira com Albuquerque se repita nas próximas eleições legislativas nacionais. Então Luís Montenegro voltará a ser eleito para ser empossado como primeiro-ministro apesar de o caso que levou à queda do seu  governo não estar esclarecido e ainda envolto em muitas suspeições e desconfianças. Acontecerá o mesmo que na Madeira? Em 18 de maio os eleitores portugueses reporão Luís Montenegro/PSD/CDS a voltar a governar Portugal?

Assim sendo, se isso acontecer, e é o mais provável, podemos concluir que os portugueses têm a sua grande dose de percentagem de masoquismo, têm prazer em sofrer e de fazer outros (milhões) sofrerem. É como quem diz, entregam irresponsavelmente o ouro ao bandido.

Existem os que afirmam que os povos estão cada vez mais estupidificados e que a queda dos regimes democráticos é mais que evidente. Caminhamos para a bandidagem nos poderes, para os autoritarismos, para as desonestidades de elites corruptas e corporativistas. Sem ética. Compreende-se? Evidentemente que não. Extremamente preocupante.

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