Opera Mundi – Cubadebate, Havana
Ataques poderiam acontecer em abril, maio ou Junho
O Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, crê que Israel pode tomar a decisão de atacar o Irã na próxima primavera do Hemisfério Norte, informou nesta sexta-feira (03/02) o colunista do jornal The Washington Post, David Ignatius. O colunista acompanha o secretário para cobrir seu encontro com os ministros de Defesa da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
"Panetta acredita que há uma alta probabilidade de Israel atacar o Irã em abril, maio ou junho", informou Ignatius em sua coluna.
Tanto o secretário de Defesa norte-americano quanto a administração Obama deixaram claro nas últimas semanas que o Irã poderia cruzar uma "linha vermelha" se dedicasse o desenvolvimento nuclear à construção de uma bomba e que, caso isso ocorresse, todas as opções, incluindo a ação militar, estariam sobre a mesa.
No entanto, Israel poderia ser menos paciente já que considera que o Irã poderia ter acumulado suficiente urânio enriquecido nesta primavera (abril, maio e junho) para produzir uma ogiva nuclear.
As preocupações de Panetta se fundamentam no fato de que, diferentemente dos EUA, Israel não tem capacidade para atacar as instalações de enriquecimento do Irã que se encontram a 200 metros abaixo da terra. Além disso, Israel está consciente de que o arsenal de mísseis iraniano é capaz de chegar ao seu território com facilidade.
Además, o congelamento das manobras militares conjuntas prevista no Golfo entre EUA e Israel poderiam alimentar as suspeitas de Panetta, ainda que os países tenham deixado claro que isso não teria a ver com as tensões com o Irã.
O secretário de Defesa confirmou que faz algumas semanas que ele e o ministro de Defesa israelense, Ehud Barak, propuseram as manobras militares conjuntas na área depois que o representante israelense sugeriu que Israel necessitava de mais planejamento.
Os EUA e seus aliados na Europa promovem o incremento das sanções contra o Irã para que este país suspenda seu programa de desenvolvimento de energia nuclear que, segundo Washington, se destina à fabricação de armas atômicas.
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