Sílvia Caneco – i online, com foto de Rodrigo Cabrita
PSP reforçou protecção do primeiro- -ministro com mais uma equipa. Já são 15 os homens que protegem Passos
A previsão de maior contestação social às medidas do governo, maiores riscos de tumultos e aumento das ameaças à integridade física de Pedro Passos Coelho levaram a PSP a reforçar, há cerca de um mês, o Corpo de Segurança Pessoal que acompanha o primeiro-ministro. Passos, que antes teria 10 ou 11 seguranças, tem agora mais uma equipa a assegurar a sua protecção. Ao todo, são já 15 os elementos da PSP que seguem os passos do primeiro-ministro, avançou fonte daquela força de segurança ao i.
O contexto mudou e o agravamento da crise económica no país tem levado a PSP a uma avaliação diária mais rigorosa dos riscos que correm as principais figuras do Estado e os ministros que anunciam as medidas mais controversas. Episódios como o que ontem levou Passos a ser vaiado e insultado por manifestantes durante uma visita a Gouveia já seriam esperados pela PSP, que há um mês está em alerta máximo no que respeita à segurança do primeiro-ministro.
Sócrates, por exemplo, por norma estava protegido por duas equipas do Corpo de Segurança Pessoal da PSP, ou seja, oito homens. Mas em situações pontuais de maior risco também viu a sua segurança reforçada.
A lei prevê a protecção do Presidente da República, primeiro-ministro, ministros, secretários de Estado ou políticos sob os quais impenda alguma ameaça e também de procuradores, juízes, arguidos ou testemunhas que corram maiores riscos de vida. Fonte da PSP explica que actualmente a avaliação dos riscos de membros do governo é diária. O número de elementos do Corpo de Segurança Pessoal afecto a cada um é decidido pela PSP, em articulação com os pareceres do Serviço de Informações e Segurança (SIS) e de outras entidades com competências para avaliar os níveis de ameaça. Assim que diminuem os riscos, a segurança pessoal pode ser reduzida.
Atrás de Pedro Passos Coelho, Álvaro Santos Pereira e Vítor Gaspar são neste momento os membros do governo mais protegidos. Por serem os que anunciam as medidas menos populistas, os ministros da Economia e das Finanças passaram a ter escolta policial reforçada há duas semanas, adiantou o “Diário de Notícias”. Também estes terão sido alvo de ameaças.
O risco é avaliado caso a caso. E o número de seguranças que acompanha cada político também é variável: depende das iniciativas em que vão participar, do espaço em que vão estar ou de haver ou não previsão de manifestações no local.
Os ministros e secretários de Estado também têm direito a segurança, mas há quem recuse ser tão bem guardado e prefira ter apenas o motorista, também com formação para poder prestar socorro em caso de perigo. Assunção Esteves, por exemplo, passa grande parte do tempo só com o motorista, mas tem direito a dois seguranças que normalmente se revezam para a acompanhar nas cerimónias oficiais.
Cândida Almeida e Maria José Morgado têm motorista. O juiz Carlos Alexandre também mas já chegou a ter equipas de seguranças a protegê-lo, quando esteve à frente de decisões judiciais mais polémicas. Carlos Silvino, conhecido como “Bibi” e principal arguido no processo Casa Pia, também teve vigilância policial 24 sobre 24 horas.
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