MSE - Lusa
Díli, 07 fev (Lusa) - A presidente do Grupo de Mulheres do Parlamento de Timor-Leste, Josefa Soares, defendeu hoje que é preciso fazer mais para que não morram mulheres durante o parto no país.
"O Governo tem feito um esforço para reduzir os problemas em relação à saúde reprodutiva, mas ainda temos de fazer mais coisas para que não haja mais mortes de mulheres e de bebés durante o parto", afirmou a deputada, em declarações à Agência Lusa.
Josefa Soares falava à Lusa na sequência da apresentação de um relatório sobre saúde reprodutiva, divulgado na segunda-feira no parlamento por ocasião da comemoração do Dia Mundial da Mulher, que este ano foi antecipado no país por coincidir com a campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 17 de março.
Segundo o relatório, apresentado na sequência da conferência nacional sobre saúde reprodutiva realizada em 2010, a taxa de mortalidade materna é de 577 por cada 100.000 nados vivos.
O documento indica também que a taxa de gravidez na adolescência é de 51 por cada 1,000 meninas, a mais elevada do sudeste asiático.
"Há muitos fatores que contribuem para que uma jovem engravide antes do tempo, o primeiro é a falta de conhecimento sobre educação sexual, o segundo é a falta de planeamento familiar, o terceiro é por causa da economia", explicou a deputada da Frente de Libertação do Timor-Leste Independente (Fretilin).
Segundo Josefa Soares, uma das propostas feitas ao parlamento é incluir educação sexual nas escolas para melhorar a informação dos jovens e aumentar o planeamento familiar.
O número de mulheres que usa o planeamento familiar aumentou de 11 por cento em 2003 para 22 por cento em 2010 e a taxa de fertilidade diminuiu de 7.8 em 2003 para 5.7 em 2010.
O relatório mostra também que o número de meninas a frequentar a escola primária aumentou, bem como as jovens matriculadas no secundário e em escolas técnicas.
"A mulher timorense quer avançar e já estamos a preparar recursos para isso. Depende agora do Governo, qualquer que seja, criar facilidades para que os recursos humanos que estão a ser preparados não fiquem dependentes de outros", disse.
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