quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

TROIKA OUTRA VEZ EM PORTUGAL




A missão conjunta do Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu inicia hoje a terceira avaliação do Programa de Assistência Económica e Financeira de Portugal.

Ao longo das próximas duas semanas, as reformas estruturais e a situação das empresas públicas vão estar no centro das atenções de mais esta missão da "troika", liderada por Poul Thomsen (FMI), Jürgen Kröger (CE) e Rasmus Rüffer (BCE).
 
As mudanças no mercado laboral -- entre elas as previstas no acordo de concertação social-, na justiça e no arrendamento urbano serão também avaliadas pelos técnicos do FMI, BCE e Comissão Europeia, que vão decidir se recomendam ou não o desembolso da quarta tranche do empréstimo a Portugal.

O país recebeu até ao mês passado quase 40 mil milhões de euros do empréstimo do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia, mais de metade do valor total acordado com as instituições em maio do ano passado.

A avaliação da "troika" foi um dos pontos da agenda do encontro, na terça-feira, em Lisboa, entre o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e António José Seguro, líder do maior partido da oposição, o PS, que se prolongou uma hora e meia.

Hoje, Portugal vai regressar aos mercados para colocar entre 2.500 e 3.000 milhões de euros em dívida com maturidade a três, seis e doze meses, uma novidade em 2012.

Se o país conseguir ultrapassar os 2.500 milhões de euros, esta será a quantia mais alta arrecadada este ano pelo Estado português, depois de a 18 de janeiro o Estado ter colocado 2.500 milhões de euros.

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