quinta-feira, 1 de março de 2012

Horta sobre as eleições: "Se perco é uma grande lição de democracia" para Timor-Leste



i online – Lusa

O Presidente de Timor-Leste e candidato às presidenciais de 17 de março, José Ramos-Horta, disse à agência Lusa que não vai fazer campanha eleitoral e considerou que uma eventual derrota seria "uma grande lição democracia para o país".

Em entrevista à agência Lusa, José Ramos-Horta afirmou que decidiu avançar, no final de janeiro, para as presidenciais depois de uma petição nesse sentido, assinada por 120 mil pessoas, mas também pensou na possibilidade de perder.

"O que mais pesou foi a petição”, afirmou. "Também pensei ‘candidato-me e perco e é também uma grande lição de democracia no nosso país’. Faria um discurso de aceitação da derrota, de uma forma pedagógica, madura, equilibrada, serena. Será ótimo, é uma grande educação para o nosso país."

O chefe de Estado timorense, que, ao contrário da votação há cinco anos, não conta com o apoio do Congresso Nacional da Reconstrução de Timor-Leste (CNRT, de Xanana Gusmão), disse, no entanto, que não gasta muito tempo a pensar no resultado das eleições, deixando em aberto o seu futuro político depois de 17 de março.

"Se eu não ganhar tenho muitas outras coisas para fazer na vida, no plano pessoal ou até no plano político. Quem sabe até não participo nas eleições [legislativas] de junho apoiando um dos partidos. Levaria os meus votos e os meus apoiantes para esse partido que eu escolher apoiar", admitiu.

Segundo o Presidente timorense, "alguns já ouviram esses zunzuns e estão muito interessados num possível apoio a um dos partidos que se vão gladiar para o parlamento nas eleições legislativas em junho".

À Lusa, Ramos-Horta reafirmou que não fará apelos ao voto e garante que, se tiver de comparecer em algum evento de caráter político, social ou cultural, durante a campanha eleitoral, não haverá cartazes referentes à sua candidatura.

"Não direi uma única palavra de apelo para votarem em mim. Pelo contrário, quase que tenho vindo a fazer campanha pelos outros candidatos", afirmou em entrevista à Lusa José Ramos-Horta, referindo-se às candidaturas do general Taur Matan Ruak, Francisco Lu Olo Guterres, Fernando La Sama de Araújo e José Luís Guterres.

Qualquer um destes quatro candidatos "pode ser um bom Presidente", disse o chefe de Estado timorense.

"Tenho falado deles ao povo, ‘qualquer um deles pode ser um bom presidente, não fiquem muito preocupados sobre quem é o próximo Presidente porque qualquer destes quatro candidatos fará um bom papel’", declarou.

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