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Díli, 02 mar (Lusa) - Francisco Lu Olo Guterres, candidato da Fretilin às presidenciais de 17 de março em Timor-Leste, disse em entrevista à agência Lusa que a sua candidatura tem a ver com a paz e a estabilidade, fundamentais para o desenvolvimento do país.
"A minha candidatura tem a ver com a paz e a estabilidade nacional e para garantir que as instituições do Estado funcionem normalmente para abraçar o desenvolvimento do país e dar resposta a todas as situações que o povo atravessou durante longos anos", afirmou o também presidente da Frente de Libertação do Timor-Leste Independente (Fretilin).
Com a sua candidatura, a terceira ao cargo, Francisco Lu Olo Guterres, quer "dar garantia e segurança a todos os órgãos do poder do Estado no sentido de cada um cumprir com as suas próprias competências".
"Que o primeiro-ministro não interfira nos assuntos constitucionais ou que o Presidente da República não interfira nos assuntos do governo ou dos tribunais", explicou.
Caso venha a ser eleito chefe de Estado, Francisco Lu Olo Guterres vai também estar atento à "gestão da coisa pública".
Para já, considerou, que aquela gestão tem sido uma "experiência amarga que deixou o povo desiludido".
"Dez anos de independência e vemos que as coisas se mantêm na mesma e isso deriva do facto de não haver uma gestão pública transparente, nem um plano muito bem ordenado, sistematizado de modo a que o Estado possa cumprir com os seus objetivos principais de garantir a paz e a estabilidade, justiça social e garantir a democracia plena no nosso país", disse.
Para Francisco Lu Olo Guterres, todos devem estar comprometidos com a paz e a estabilidade para que haja um real desenvolvimento do país.
Questionado sobre se está preocupado com a segurança do ato eleitoral, o candidato disse estar otimista, salientando que ninguém vai desestabilizar o país.
"Estou otimista. Ninguém vai desestabilizar o país. Se desestabilizar o país que proveito se pode tirar desta situação?", questionou, sublinhando, no entanto, que não basta ter o sentimento é preciso cumprir as regras do jogo.
O ex-guerrilheiro, um dos que permaneceu na resistência armada desde o início da invasão até à saída da Indonésia do país, defendeu também o fim da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste, mas a continuidade do apoio daquela organização internacional.
"A ONU cumpriu a sua missão em Timor-Leste com toda a sua dignidade. Agora que acaba a sua missão não vamos cortar de vez. Eu disse-lhes que Timor-Leste ainda vai precisar de uma missão específica, ligada ao secretário-geral da ONU para acompanhar a situação em Timor", disse.
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