terça-feira, 17 de abril de 2012

CPLP devia ter "componente militar para resolver situações desta natureza" -- Alegre



MP - Lusa

Lisboa, 16 abr (Lusa) -- O socialista e ex-candidato presidencial Manuel Alegre, considerou hoje a situação na Guiné-Bissau "muito preocupante" e defendeu que a CPLP devia ter "uma componente militar para resolver situações desta natureza".

"Penso que a CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa], há muitos anos, como disse na minha primeira campanha presidencial, deveria ter uma componente militar para resolver situações desta natureza", disse Manuel Alegre, em resposta a perguntas dos jornalistas à margem da apresentação em Lisboa do seu mais recente livro de poemas, "Nada está escrito".

Manuel Alegre considerou que a situação que se vive naquele país africano, na sequência de um golpe militar na semana passada "é muito, muito preocupante".

A Guiné-Bissau está controlada desde quinta-feira por um Comando Militar, que desencadeou um golpe de Estado na véspera da campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais, disputadas pelo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e Kumba Ialá, que no entanto se recusa a participar na votação.

Desde quinta-feira que é desconhecido o paradeiro de Carlos Gomes Júnior e do Presidente interino, Raimundo Pereira.

Um Conselho Nacional de Transição foi criado no domingo pelos partidos de oposição, numa reunião em que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder), não participou.

O golpe de Estado na Guiné-Bissau mereceu ampla condenação internacional, incluindo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que, após uma reunião de ministros no sábado em Lisboa, decidiu propor uma força de interposição com aval da ONU e sanções individualizadas contra os golpistas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Desconfiai das vozes do "coro":

Por detrás de cada argumento mais impoluto e mais cândido, está um negócio e, neste caso não estará o Stanley Ho, o Almeida Santos, a GEOCAPITAL (com seus bancos e interesses), o cortejo dos beneficiários do agenciamento do Carlos Monjardino e... as bauxites a que se refere o Martinho?

Não nos deixemos emocionar com a folhagem: vamos à raiz de todas as coisas!

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