quinta-feira, 19 de abril de 2012

Timor-Leste: Taur Matan Ruak pede união a partidos e movimentos sociais



MSE - Lusa

Díli, 19 abr (Lusa) - O futuro Presidente de Timor-Leste Taur Matan Ruak disse em entrevista à Lusa que a campanha e as eleições acabaram e é altura para todos os partidos e movimentos sociais unirem esforços para a estabilidade, progresso e desenvolvimento do país.

"A campanha terminou, as eleições terminaram, o Presidente foi eleito. De momento falo como Presidente da República, portanto, a mensagem dirigida para todos os partidos, todos os movimentos sociais existentes em Timor é para que juntem esforços de modo a puderem continuar a contribuir para a estabilidade, progresso e desenvolvimento do país", afirmou Taur Matan Ruak.

Os resultados provisórios distritais divulgados na terça-feira pelo Secretariado Técnico da Administração Eleitoral dão a vitória na segunda volta das eleições presidenciais, realizadas no dia 16, ao general Taur Matan Ruak com 61,23 por cento. O candidato Francisco Guterres Lu Olo, apoiado pela Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), obteve 38,77 por cento.

O futuro chefe de Estado timorense referiu que ainda não tinha conseguido falar com Francisco Guterres Lu Olo, mas que o presidente da Fretilin é seu "irmão" e que vai continuar a trabalhar consigo em "prol de Timor".

"Ele sabe que tenho uma admiração e um respeito muito grande por ele, conto com ele, com todos os seus companheiros do partido político que ele lidera. Timor precisa dele e de todos nós", afirmou, salientando que o papel do Presidente da República é reunir esforços, competência e capacidades para melhor servir o país.

Aos timorenses a residir no estrangeiro, Taur Matan Ruak, que se demitiu da chefia das Forças Armadas do país em setembro para se candidatar às presidenciais, pediu para continuarem a acreditar que Timor-Leste é um país com futuro.

É preciso "continuarem a pensar que são timorenses com alma e coração, tenham fé, confiança que o nosso Timor tem futuro e precisa do apoio deles e de todos os timorenses", disse.

Sobre a sua primeira prioridade enquanto futuro chefe de Estado, Taur Matan Ruak disse que será manter o contacto com o atual Presidente do país, José Ramos-Horta, para "entender o que se passa" e se preparar para a tomada de posse.

"Naturalmente, depois da tomada de posse haverá outras prioridades, mas nessa altura serão divulgadas para o conhecimento do público", referiu.

Para já, a nível de política externa e sobre os interesses da região onde o país está inserido, no sudeste asiático, Taur Matan Ruak afirmou que quer tornar os países vizinhos, Indonésia e Austrália, em aliados.

"Se ontem foram inimigos, hoje vizinhos, amanhã serão aliados. Timor é um ponto de equilíbrio para esses grandes interesses da região e é importante Timor aproveitar as vantagens geopolíticas e geoestratégicas em que está inserido", disse.

Sobre o português, língua em que deu a entrevista, o futuro Presidente timorense disse que veio "para ficar".

"É preciso que o povo de Timor e o Estado de Timor saibam explorar todas as vantagens da sua inserção na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa", considerou, salientando que a CPLP não tem feito o suficiente para apoiar Timor e que o país ainda não aproveitou ao máximo aquilo que a organização tem para dar.

"Eu estou disponível para trabalhar com todos", disse, salientando que é necessário um reforço da cooperação, sobretudo um maior investimento na área da educação e da língua.

Taur Matan Ruak deverá tomar posse como Presidente de Timor-Leste no próximo 20 de maio, data em que se celebra o 10.º aniversário da restauração da independência do país.

2 comentários:

Anónimo disse...

Exmo. Sr. Futuro Presidente,
General Taur Matan Ruak,

Aqui a Lucrécia deseja-lhe as maiores felicidades, para a tarefa dura e espinhosa que tem pela frente.
Liderar este povo que não se governa, nem se deixa governar é dificil, mas com jeitinho, lá há-de ir.
Para já a Lucrécia, sugere que coloque ordem lá no Palácio Chinês, o Patrão anterior não roubava, mas deixava roubar.

""Tanto é ladrão quem vai à vinha como quem fica à espreita""

Aquela rapaziada, lá vai enchendo os bolsos, pouco ou nada fazendo.
Dizem eles que aprenderam com os Indonésios a roubar e a não trabalhar!!!
Tente explicar ao seu povo que um país só se constroí a trabalhar, quando se rouba o estado está-se a roubar os mais pobres.

Beijinhos da Querida Lucrécia

Anónimo disse...

A partir de agora o povo espera-se de si, como o seu nome sugere: Taur Matan Ruak (dois olhos afiados/bem abertos) e não um Delek Matan Ruak (dois olhos fechados).

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