Ana Tomás – i online
Jerónimo de Sousa espera que PSD e CDS votem contra, mas diz que não entende que PS também o faça
O secretário-geral do PCP, Jerónimo Sousa, explicou que a moção de censura ao governo “tem toda a razão de ser e toda a oportunidade”.
Os comunistas anunciaram de manhã, durante o debate quinzenal, que iriam apresentar uma moção de censura ao executivo liderado por Passos Coelho, deixando as explicações para uma conferência de imprensa realizada esta tarde.
Para o líder do PCP, o empobrecimento dos portugueses, o desemprego dos jovens, “dos trabalhadores aos pequenos empresários que vivem do mercado interno e que estão na falência”, o aumento dos custos da saúde e da educação não têm acabado com os “dois problemas que se iriam resolver com a chamada ajuda: o défice e a dívida”.
“É neste quadro de agravamento a todos os níveis que consideramos que esta moção de censura tem toda a razão de ser e toda a oportunidade”, refere Jerónimo de Sousa.
O secretário-geral dos comunistas respondeu também às declarações de António José Seguro, que considerou “que o que mais faltava era que houvesse uma crise política em Portugal”. Jerónimo de Sousa defende que “é muito mais grave a instabilidade social que se vive em Portugal. É preciso não ter noção da realidade que se vive no nosso país”. No entanto, o líder comunista deixou um recado aos socialistas, dizendo que se, por um lado, prevê que PSD e CDS votem contra a moção, do PS aguarda outra posição. “Esperamos que os partidos do governo votem contra. Já não entendemos que o PS o faça a não ser que sacralize o seu posicionamento do co-assinante pacto de agressão e se lança numa abstenção violenta”, referiu Jerónimo de Sousa.
Apesar disso, ressalva: “o PS não esteve no centro das nossas preocupações. Esta moção é uma censura ao governo e à política que executa. Contra a exploração e empobrecimento dos portugueses”, sublinha.
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