JSD - Lusa
Cidade da Praia, 15 jun (Lusa) - O reforço do diálogo político e de cooperação bilateral foi hoje destacado pelo Presidente de Cabo Verde, ao proceder ao balanço da visita de Estado de dois dias a Portugal, que permitiu também garantir maior apoio à diáspora cabo-verdiana.
Numa conferência de imprensa já na Cidade da Praia, Jorge Carlos Fonseca indicou que, a partir de agora, as relações entre os dois países tornaram-se "ainda mais fáceis", já que foram abertas novas portas e assumidos compromissos nas reuniões com o presidente e com o primeiro-ministro de Portugal, Aníbal Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho.
O destaque de Jorge Carlos Fonseca, que esteve em Portugal de 07 a 13 deste mês, foi para as questões ligadas à proteção da vasta comunidade cabo-verdiana residente em Portugal, cujos direitos sociais e programas de integração estão a ser reavaliados de forma a garantir maior responsabilidade social.
Na parte política, o chefe de Estado cabo-verdiano salientou a disponibilidade de Lisboa em "diversificar" a cooperação e as relações comerciais, mesmo tendo em conta o impacto da crise económica e financeira internacional em Portugal.
Nesse sentido, realçou que a segunda cimeira entre os dois países vai realizar-se ainda este ano na Cidade da Praia e que o dossiê "comunidades" - tanto a cabo-verdiana em Portugal como a portuguesa em Cabo Verde -, estará incluído nas negociações.
Na cimeira, os dois países vão discutir sobretudo o Programa Indicativo de Cooperação (PIC) para o quadriénio 2012/2015, ainda em estudo.
"A abertura foi grande e é grande a simpatia que os portugueses nutrem por Cabo Verde. Há uma admiração muito grande em relação à nossa democracia", sintetizou Jorge Carlos Fonseca, anunciando que, na quarta-feira, último dia da sua estada em Portugal, convidou o treinador de futebol português José Mourinho a visitar Cabo Verde.
"A ideia é trazê-lo a Cabo Verde, não para falar de política, mas sim de ambição. Já disse no passado que Cabo Verde precisa de um José Mourinho, um exemplo de ambição", referiu, explicando que o convite foi formulado ao pai do treinador do Real Madrid durante a visita que fez ao Estádio do Bonfim, em Setúbal.
Adepto confesso do Vitória de Setúbal, Jorge Carlos Fonseca lembrou que, quando jogou futebol em Portugal era guarda-redes e que, na altura, lhe chamavam "Mourinho", numa alusão à alegada parecença com o então guarda-redes setubalense.
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