Angola: Tratamento anti-retroviral imediato ajuda reverter Hiv-sida - António Coelho

 

Angola Press

 

Luanda - O acesso grátis e imediato aos serviços de tratamento e distribuição de anti-retrovirais a todos os indivíduos seropositivos foi apontada hoje, quarta-feira, na capital do país, como uma das formas mais eficazes para se reverter a propagação do Hiv-sida, assim como as mortes por esta patologia junto das populações no país, segundo o Secretário Executivo da “Anaso”, António Coelho

 

Em declarações à Angop, em Luanda, o responsável reafirmou que o quadro de melhorias pode ser registado igualmente com a necessidade de se identificar, diagnosticar e tratar de forma precoce os elementos afectado com a tuberculose, uma doença muito associada ao referido sindroma, dai o tratamento que deve ser realizado de forma integrada.

 

Segundo o Secretario Executivo da Rede Angolana das Organizações Não-Governamentais de Luta Contra o Hiv-Sida “ Anaso”, deve-se ainda potencializar o rastreio do vírus, fazendo campanhas de aconselhamento mais activas e estabelecer ligações com os serviços de prevenção, apoio e tratamento.

 

A propósito, António Coelho disse que “qualquer ser humano tem o direito de saber qual é o seu grau de infecção associado ao Hiv e tem também direito ao tratamento, aos cuidados de saúde e ao apoio que a doença requer”, sublinhou, com enfoque para o reforço do tratamento a todas as mulheres grávidas e portadores de Hiv-sida, a fim de se acabar com a transmissão peri-natal.

 

“É possível apoiar as mulheres de forma a prolongar-lhes a vida e a melhorar o seu estado de saúde, acabando com as infecções do Hiv nas crianças”, realçou..

 

Segundo o entrevistado, um dos compromissos saídos da XIX Conferência Internacional Sobre Sida, realizada de 22 a 27 de Julho, nos Estados Unidos da América, é acelerar a investigação sobre novas formas de prevenção da doença e dos meios de tratamento, incluindo novas abordagens como por exemplo a profilaxia pré-exposição e microbicidas, bem como divulgar o que já se sabe que funciona desde o uso de preservativos aos tratamentos, sem se esquecer a prevenção .

 

Outros desafios apontados para o efeito prendem-se com o alargar da investigação para a procura da cura da doença através da descoberta de uma vacina, elementos fundamental para a erradicação da pandemia, além de se mobilizar e envolver de forma expressiva as comunidades infectadas, as quais devem ser o cerne das respostas colectivas, visto que a liderança do processo “por parte dos que estão infectados é essencial para responder eficazmente o combate ao Hiv-sida”, pontualizou.