Marta Portocarrero - Público
No último domingo, durante uma corrida de touros na Torreira, Aveiro, um cavaleiro investiu duas vezes com o cavalo sobre um grupo de manifestantes. Indignadas, as pessoas apresentaram queixa contra o cavaleiro e levaram o assunto para as redes sociais, onde conseguiram gerar ondas de contestação.
Junto à praça improvisada montada próximo do parque de campismo da Torreira, cerca de 40 pessoas expressavam o desagrado contra as touradas. Sentadas no chão e com recurso a alguns cartazes, a manifestação prometia ser pacífica. Porém, a investida repentina de Marcelo Mendes a cavalo transformou a situação num episódio insólito.
O cavaleiro surpreendeu os manifestantes e o acontecimento foi gravado pelo jornal Notícias Ribeirinhas que fazia reportagem da manifestação. O vídeo (ver em baixo ou no Youtube) depressa chegou à Internet, tendo sido visto e partilhado por centenas de utilizadores.
“Ele investiu o cavalo contra nós. Isto é violência”, disse uma das responsáveis da manifestação, Mariana Pinho, àquele meio de comunicação. “Nós somos um grupo de manifestantes pacíficos, estamos aqui sentados, e eles investem contra nós”, acrescentou indignada.
Enquanto fugiam da investida de Marcelo Mendes, algumas pessoas caíram e magoaram-se.
“O cavaleiro investiu contra nós, as pessoas tiveram de fugir. Eu caí e torci o pé. Isto demonstra a agressividade das pessoas ligadas à tauromaquia”, argumentou Isabel Santos, que tinha ido do Porto .
No local estavam alguns membros da GNR que, segundo testemunhas, não intervieram.
O caso tornou-se ainda mais surreal quando Marcelo Mendes decidiu investir novamente contra a multidão que, entretanto, o chamava de “psicopata” e falava num “momento de exibicionismo”.
Depois da segunda investida, a polícia acabou por parar o cavaleiro, embora, segundo os manifestantes, tivesse demorado a intervir. Algumas pessoas afirmaram que iriam apresentar queixa à GNR da Murtosa – freguesia onde se organizou a corrida - contra o cavaleiro que fazia parte da organização da corrida, falando num “atentado à sua segurança”.
Contestação na Internet
Ainda antes da realização da corrida de touros, havia nas redes sociais alguma contestação. No Facebook foi agendado um evento para o dia da corrida, apresentando-se uma carta à Câmara Municipal de Murtosa (CMM) com um apelo ao fim das touradas. Na carta, os assinantes sublinhavam que a Torreira nunca fora uma localidade com tradição tauromáquica, pelo que não faria sentido a realização de touradas.
No mesmo sentido, foi igualmente criada uma petição – “Não queremos touradas na Murtosa” – dirigida à CMM que, na quinta-feira, 30 de Agosto, contava com 300 subscritores.
A partir de domingo – e sobretudo devido ao vídeo registado – a luta contra as touradas ganhou uma nova expressão. A Associação Animal, representada na manifestação, diz ter apresentado queixa à GNR de Murtosa. “Foram momentos de pânico em que as pessoas tiveram de fugir para não serem feridas pelo animal que era conduzido para cima delas! Felizmente não houve nenhum dano físico de maior”, lê-se numa nota publicada no Facebook. “A Animal informa que já efectuou uma queixa à GNR de Murtosa, e que tudo fará para que esta situação não seja esquecida”, acrescentaram.
A Junta de Freguesia de Murtosa negou, entretanto, qualquer envolvimento no caso, ressalvando, em comunicado, que o seu logótipo “foi abusivamente colocado no cartaz ao lado do município, que foi quem autorizou a realização” da tourada.
O PÚBLICO tentou contactar o cavaleiro Marcelo Mendes, mas, até ao momento, não obteve qualquer resposta.
O cavaleiro surpreendeu os manifestantes e o acontecimento foi gravado pelo jornal Notícias Ribeirinhas que fazia reportagem da manifestação. O vídeo (ver em baixo ou no Youtube) depressa chegou à Internet, tendo sido visto e partilhado por centenas de utilizadores.
“Ele investiu o cavalo contra nós. Isto é violência”, disse uma das responsáveis da manifestação, Mariana Pinho, àquele meio de comunicação. “Nós somos um grupo de manifestantes pacíficos, estamos aqui sentados, e eles investem contra nós”, acrescentou indignada.
Enquanto fugiam da investida de Marcelo Mendes, algumas pessoas caíram e magoaram-se.
“O cavaleiro investiu contra nós, as pessoas tiveram de fugir. Eu caí e torci o pé. Isto demonstra a agressividade das pessoas ligadas à tauromaquia”, argumentou Isabel Santos, que tinha ido do Porto .
No local estavam alguns membros da GNR que, segundo testemunhas, não intervieram.
O caso tornou-se ainda mais surreal quando Marcelo Mendes decidiu investir novamente contra a multidão que, entretanto, o chamava de “psicopata” e falava num “momento de exibicionismo”.
Depois da segunda investida, a polícia acabou por parar o cavaleiro, embora, segundo os manifestantes, tivesse demorado a intervir. Algumas pessoas afirmaram que iriam apresentar queixa à GNR da Murtosa – freguesia onde se organizou a corrida - contra o cavaleiro que fazia parte da organização da corrida, falando num “atentado à sua segurança”.
Contestação na Internet
Ainda antes da realização da corrida de touros, havia nas redes sociais alguma contestação. No Facebook foi agendado um evento para o dia da corrida, apresentando-se uma carta à Câmara Municipal de Murtosa (CMM) com um apelo ao fim das touradas. Na carta, os assinantes sublinhavam que a Torreira nunca fora uma localidade com tradição tauromáquica, pelo que não faria sentido a realização de touradas.
No mesmo sentido, foi igualmente criada uma petição – “Não queremos touradas na Murtosa” – dirigida à CMM que, na quinta-feira, 30 de Agosto, contava com 300 subscritores.
A partir de domingo – e sobretudo devido ao vídeo registado – a luta contra as touradas ganhou uma nova expressão. A Associação Animal, representada na manifestação, diz ter apresentado queixa à GNR de Murtosa. “Foram momentos de pânico em que as pessoas tiveram de fugir para não serem feridas pelo animal que era conduzido para cima delas! Felizmente não houve nenhum dano físico de maior”, lê-se numa nota publicada no Facebook. “A Animal informa que já efectuou uma queixa à GNR de Murtosa, e que tudo fará para que esta situação não seja esquecida”, acrescentaram.
A Junta de Freguesia de Murtosa negou, entretanto, qualquer envolvimento no caso, ressalvando, em comunicado, que o seu logótipo “foi abusivamente colocado no cartaz ao lado do município, que foi quem autorizou a realização” da tourada.
O PÚBLICO tentou contactar o cavaleiro Marcelo Mendes, mas, até ao momento, não obteve qualquer resposta.
1 comentário:
Eu não sou a favor de touradas, muito pelo contrário, mas também não sou a favor de meias notícias. O cavaleiro falou para a RTP e disse que antes disso, os manifestantes atiraram pedras ao cavalo, insultaram e disseram que o Marcelo M. deviria ficar paraplégico, como o forcado Nuno Carvalho de 26 anos.
Os manifestantes, primeiro ameaçam, provocam e depois fazem-se de coitadinhos.
Os manifestantes deveriam também lembrar-se de fazer manifestações à frente dos matadouros, mas de certeza que não dispensam uma boa costeleta. Deveriam passar pelo menos um dia, dentro das corporações que produzem carne em grande escala. Tomara esses animais terem a vida de um touro selvagem. Reforço que sou anti espectáculo, mas não sou manifestante, nem nunca seria, pois sei o que está por trás da produção de carne.
Isto é típico dos portugas de meia tigela. Há dias que tenho vergonha de ser portuguesa. Vejam também o lado de lá:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2750443
A estratégia da meia notícia é característica dos Media ultraliberais que transformaram o mundo neste pandemónio.
Aqui, são piores os manifestantes do que o próprio cavaleiro, que de certeza que gosta do seu cavalo.
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