terça-feira, 16 de outubro de 2012

Angola: “PASSOS CONCRETOS” NOS DIREITOS HUMANOS, COMBATE À POLIOMIELITE

 


Angola tem dado "passos concretos" nos Direitos Humanos - Provedor de Justiça
 
16 de Outubro de 2012, 15:04
 
Cidade da Praia, 16 out (Lusa) - O Provedor de Justiça angolano afirmou hoje em declarações à Agência Lusa que Angola tem dado "passos bastante concretos" em relação à promoção e defesa dos Direitos Humanos no país, face aos "apenas 10 anos" de paz.
 
Paulo Tchipilika falava na Cidade da Praia à margem de um seminário sobre "Reforço e Implementação das Instituições Nacionais de Direitos Humanos nos Países de Língua Oficial Portuguesa", promovido pelo Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas e pelo Governo português.
 
Escusando-se a adiantar pormenores mais concretos, o antigo ministro da Justiça angolano salientou que a instalação, em 2005, da provedoria de Justiça em Angola constituiu um ponto de viragem importante para melhor defender os cidadãos.
 
Preferindo falar da Justiça em detrimento da "questão política" do setor em Angola, Paulo Tchipilika destacou o trabalho importante que a provedoria tem desenvolvido em parceria e complementaridade, não de sobreposição, com outras instituições ligadas aos Direitos Humanos no país.
 
"Temos dado alguns passos bastante concretos, sobretudo na preservação e salvaguarda dos direitos, deveres e garantias fundamentais dos cidadãos. A figura do provedor está cada vez mais a afirmar-se e a ganhar o seu espaço", disse, sublinhando receber anualmente uma média de quase duas mil queixas.
 
Salientando que há ainda um caminho "bastante longo a percorrer", Paulo Tchipilika lembrou que Angola só tem paz há cerca de uma dezena de anos e que, ao longo desse tempo, houve progressos.
 
"Na área da Justiça ainda há bastante caminho a percorrer. O ideal será sempre um equilíbrio total e completo e devemos persegui-lo sempre em todo o país. Há muitas coisas a limar, muitas arestas, e aí é importante o papel do Provedor de Justiça", frisou.
 
"Angola ainda tem sequelas e assimetrias bastante grandes, sobretudo no âmbito dos direitos económicos e sociais, Mas existe um esforço para melhorar e a figura do Provedor de Justiça tem permitido seriar as questões relacionadas com os Direitos Humanos", acrescentou.
 
Segundo Paulo Tchipilika, Angola tem três órgãos de soberania - "o presidente, órgão singular, a Assembleia Nacional e os Tribunais, pois os ministros são «auxiliares» do presidente" - o que traz "aspetos positivos", aligeirando processos.
 
No entanto, há outros aspetos, que se escusou a apontar, que necessitarão de "um acerto" para se completar o processo de consolidação do Estado Direito, "que terá uma vertente específica da reconciliação nacional".
 
"Angola tem estado a assumir a consolidação do Estado de Direito Democrático, o progresso e o desenvolvimento", afirmou, lembrando que, em África, "há uma crise de respeitabilidade pela pessoa humana".
 
"Os Direitos Humanos também dizem respeito aos direitos económicos e sociais e é esta vertente que tem de ser aprofundada e salvaguardada em África, para que não haja tantas assimetrias", referiu, dando como "bom exemplo" a situação de Cabo Verde.
 
JSD //JMR.
 
Combate à poliomielite em África poderá ser reforçado com inclusão de vacina injectável
 
16 de Outubro de 2012, 14:44
 
Luanda, 16 out (Lusa) - A luta para a erradicação da poliomielite na região africana poderá incluir, nos próximos tempos, uma vacina injectável combinada, disse hoje em Luanda o director regional da Organização Mundial de Saúde (OMS), Luís Gomes Sambo.
 
Essa possibilidade está a ser analisada por peritos e parceiros internacionais da coligação contra a pólio, que se encontram reunidos em Luanda até quarta-feira.
 
A luta contra a poliomielite tem sido feita, até agora, através de vacinas orais, administradas a crianças dos zero aos cinco anos.
 
Luís Gomes Sambo, citado pela agência de notícias angolana Angop, considerou a reunião importante para o êxito da consulta de pesquisa que decorre para a elaboração de um plano de estratégias.
 
Angola, que há mais de um ano não regista nenhum caso da doença, é um dos países da região onde foram assinalados "progressos bastante animadores, com uma redução de 33, num total de 18 municípios em 2010, para zero casos até março de 2011, afirmou.
 
Este feito, segundo a OMS, coloca a Angola o desafio de elaborar novas estratégias para a consolidação da pós-interrupção da doença, através de um maior reforço da imunidade infantil.
 
Luís Sambo manifestou abertura à troca de experiências para a melhor elaboração do próximo plano de acção, quando a região de África tem registado progressos significativos na erradicação da poliomielite.
 
"Devemos cooperar localmente, pois já existem políticas governamentais e o problema já está identificado. Devemos agora estabelecer prioridades", disse Luís Gomes Sambo.
 
Na reunião participam especialistas de programas de vacinação e de instituições científicas, de cooperação, pesquisa e assistência técnica a nível internacional, entre os quais representantes do CDC/Atlanta, Fundação Bill e Melinda Gates, OMS, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e organizações não-governamentais internacionais.
 
NME //EJ.
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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