Agência Lusa
anuncia programa de rescisões por mútuo acordo
Lisboa, 16 out
(Lusa) – O Conselho de Administração da agência Lusa anunciou hoje ter aprovado
um programa de rescisões por mútuo acordo, com prazo até 31 de outubro,
justificado pelo corte no contrato programa do Estado com a empresa para 2013.
Um dia depois da
apresentação pelo Governo da proposta de Orçamento do Estado para o próximo
ano, que inclui uma redução de 30,9% no contrato programa do Estado com a Lusa,
a Administração da agência enviou uma ordem de serviço aos trabalhadores
segundo a qual as reduções do financiamento “implicam uma reorganização das
estruturas com adequada redução de custos”.
Os trabalhadores da
Lusa, excluindo aqueles em situação de pré-reforma, que escolham fazê-lo vão
receber uma “indemnização equivalente a 1,25 vezes a retribuição por cada ano
de trabalho, até ao limite máximo de 140.000 euros”, lê-se na nota.
De acordo com a
proposta do Relatório do Orçamento do Estado para 2013 entregue na
segunda-feira na Assembleia da República, no próximo ano, o contrato programa
do Estado com a Lusa passará dos 19,1 milhões de euros recebidos em 2012 para
13,2 milhões de euros, o que representa menos 30,9% nas transferências do
Estado.
O Orçamento é
votado na generalidade no final dos dois dias de debate, 30 e 31 de outubro,
estando a votação final agendada para 27 de novembro no parlamento.
Na sequência do
anúncio da diminuição do valor do contrato programa do Estado com a Lusa, os
trabalhadores da agência aprovaram a realização de uma greve de quatro dias,
com início marcado para quinta-feira, dia 18.
TDI. (RCR/APL) // SB
PS diz que corte de
30% na Lusa é “caprichoso e sem fundamento”
Lisboa, 16 out
(Lusa) - O deputado socialista Manuel Seabra afirmou hoje, após ter recebido
uma delegação de representantes dos trabalhadores da Lusa, que o corte de 30%
que o Governo quer impor à agência noticiosa é “completamente caprichoso e sem
fundamento”.
De acordo com a
proposta do Relatório do Orçamento do Estado para 2013 entregue na
segunda-feira na Assembleia da República, no próximo ano a indemnização
compensatória para a agência Lusa passará dos 19,1 milhões de euros recebidos
em 2012 para 13,2 milhões de euros, o que representa menos 30,9 por cento nas
transferências do Estado.
Para Manuel Seabra,
esta redução significa que “é o serviço público que está em causa”.
“Dizemos muito
claramente que o Governo tem nenhuma estratégia para o serviço público”,
afirmou o deputado, acrescentando que estão em causa não só postos de trabalho,
mas também “a qualidade do serviço nas suas mais diversas valências”,
destacando as editorias ligadas ao noticiário Internacional e ao Local.
“Percebemos a
angústia dos trabalhadores da Lusa porque 30% é dinheiro a mais para poder
manter o funcionamento da empresa”, sublinhou.
Manuel Seabra
lembrou que já no dia 04 de outubro o grupo parlamentar do PS tinha questionado
o ministro da tutela, Miguel Relvas, “sobre o corte e como se iria refletir” na
empresa, sem obter resposta até ao momento.
O deputado
salientou ainda o apoio do grupo parlamentar do PS à audição dos trabalhadores
da Lusa na comissão parlamentar de Ética - que acontece hoje à tarde - e
garantiu que os socialistas tudo farão para que este corte não se concretize.
Na sequência do
anúncio da diminuição da indemnização compensatória entregue pelo Estado à
Lusa, os trabalhadores da agência aprovaram a realização de uma greve de quatro
dias, com início marcado para a próxima quinta-feira, dia 18.
RCR (APL) // PNG
Título PG
Sem comentários:
Enviar um comentário