Diário de Notícias - Lusa
O economista José
Silva Lopes disse hoje que estará presente nas manifestações quando estas
visarem os políticos europeus e, nomeadamente, a chanceler alemã, Angela
Merkel.
Silva Lopes, que
falava numa conferência sobre o Orçamento do Estado para 2013 organizada pelo
Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal da Faculdade de Direito de
Lisboa, afirmou que não existe outra solução que não seja de austeridade para
Portugal porque esta é imposta pelos políticos europeus.
"Compreendo
que haja agora manifestações quase todos os dias, mas estas manifestações
deviam ser contra a senhora Merkel e outros políticos da União Europeia que nos
andam a por este garrote", afirmou o ex-ministro das Finanças.
Referindo-se às
declarações da presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine
Lagarde, que admitiu que terá ido longe demais com a austeridade, Silva Lopes
interpretou como um sinal aos dirigentes europeus.
"O que a
senhora Lagarde estava a dizer é que é preciso menos austeridade na Europa e se
houver menos austeridade na Europa haverá mais margem para Portugal, Espanha,
Grécia, etc respirarem um pouco".
Para o economista,
o Orçamento do Estado para 2013, apresentado na segunda-feira no Parlamento,
representa as "limitações" impostas pela Europa: "Essa coisa de
pensar que mandamos a 'troika' às urtigas não pode ser. E depois no dia
seguinte quem nos empresta o dinheiro? E se negarmos a dívida, como vamos
viver?", perguntou.
Silva Lopes afirmou
que a austeridade "é dolorosa, é lamentável, mas só nos livramos dela se a
Europa deixar de nos apertar tanto", rematando que quando houver
manifestações contra as políticas de austeridade da Europa, lá estará.
A chanceler alemã
fará uma visita a Portugal no dia 12 de Novembro.
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