MSE – HB – Lusa,
com foto António Amaral
Díli, 18 nov (Lusa)
- O ex-Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta destacou, em declarações à agência
Lusa, a Guarda Nacional Republicana como a instituição de segurança mais eficaz
que esteve em Timor-Leste.
"Eu diria sem
hesitação que, pela natureza da GNR e pela dedicação das pessoas que a compõem,
foi a instituição de segurança mais eficaz que esteve em Timor-Leste, sem
menosprezo por todas as outras instituições policiais ou militares da
ONU", afirmou Ramos-Horta, Prémio Nobel da Paz em 1996 e que na última
década foi chefe da diplomacia timorense, primeiro-ministro e chefe de Estado,
cargo que cedeu em 2012 para Taur Matan Ruak.
"A GNR pela
vastíssima experiência que teve em muitas outras operações de paz da ONU, pela
sua experiência interna em Portugal, em lidar com motins ao longo anos, pela
sua natureza militar, mas vocacionada para manter lei e ordem com uma enorme
mobilidade, foi aqui a peça central em 2006 e 2007 no período mais difícil e
conturbado", disse.
Timor-Leste viveu
em 2006 uma grave crise política e militar, que provocou a implosão da polícia
timorense, milhares de deslocados e dezenas de mortos.
A crise obrigou as
autoridades timorenses a pedir a Portugal o envio de um contingente da GNR com base
num acordo bilateral, assinado entre os dois países, com o acordo do Conselho
de Segurança da ONU.
A GNR acabou por
ser incluída na Missão Integrada das Nações Unidas para o país, que termina em
dezembro.
Em 2008, a GNR teve
também um papel de destaque na sequência do atentado contra o José Ramos-Horta,
tendo sido a primeira ajuda a chegar ao local.
Antes de 2006, a
GNR esteve presente em Timor-Leste no período entre 2000 e 2002 através de
quatro contingentes que constituíram a Unidade de Resposta Rápida portuguesa,
integrada na UNTAET (Administração Transitória da ONU de Timor-Leste).
Os 140 militares da
GNR destacados no país regressam a casa na próxima terça e quinta-feira.
"Podem partir
com consciência tranquila, orgulho, de uma missão bem cumprida", afirmou
Ramos-Horta.
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