quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Guiné-Bissau: ELEIÇÕES GOLPISTAS, PR VISITA TIMOR-LESTE, HORTA PREOCUPADO

 


Segundo maior partido da Guiné-Bissau com cinco candidatos a líder
 
14 de Novembro de 2012, 17:06
 
Bissau, 14 nov (Lusa) - Cinco membros do Partido da Renovação Social (PRS) candidataram-se à presidência do segundo maior partido da Guiné-Bissau, cujo congresso se realiza entre 11 e 14 de dezembro.
 
De acordo com a comissão organizadora do 4.º congresso do PRS, são candidatos Kumba Iála, o até agora presidente do partido; Vitor Nambeia; Aladje Sonco; Baltasar Cardoso e Sola N'Quilim.
 
Sola N'Quilim acusou recentemente Kumba Iálá de ser um "líder violento".
 
O prazo para a apresentação de candidaturas à liderança do PRS terminou hoje.
 
FP //JMR.
 
Líder da oposição na Guiné-Bissau diz que "vai ser fácil" ganhar eleições
 
14 de Novembro de 2012, 18:01
 
Bissau, 14 nov (Lusa) - O presidente do Partido da Renovação Social (PRS) e de novo candidato à liderança do segundo maior partido da Guiné-Bissau, considerou hoje que "vai ser fácil" ganhar o congresso partidário e as próximas eleições guineenses.
 
Kumba Ialá falava aos jornalistas após ter apresentado a candidatura a presidente do PRS no congresso marcado para dezembro, liderança que vai disputar com outros quatro candidatos.
 
Cinco candidatos, disse, demonstra "a dinâmica democrática do PRS" e demonstra que dentro do partido "há democracia interna". Ainda assim garantiu não ter adversários à sua altura.
 
Kumba Ialá disse que o mesmo se passa a nível do país, onde considera que o PRS não tem adversários.
 
"O único adversário que tínhamos no passado era o general Nino Vieira, através do seu prestígio de guerrilheiro e de chefe de Estado", afirmou.
 
"Neste momento, do ponto de vista político, não tenho nenhum adversário capaz de me resistir, porque tive o privilégio de aprender a democracia em Portugal, enquanto estudante de liceu e universitário, assistindo aos debates de grandes políticos portugueses, como Mário Soares, Álvaro Cunhal, Sá Carneiro e outros, e que me permitiu aprender a democracia e o diálogo democrático", adiantou.
 
Questionado sobre se considera haver condições para que as próximas eleições na Guiné-Bissau se realizem em abril Kumba Ialá afirmou estar pronto mas referiu que a realização das eleições "depende de quem esteja a dirigir o país", tal como a viabilidade da Assembleia Nacional (até agora inoperacional) depende dos deputados.
 
"Quem está a criar fricções é o PAIGC, nós temos 28 deputados, não podemos criar problemas", disse, referindo-se ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde, o maior partido da Guiné-Bissau.
 
Ainda de acordo com o candidato que aposta na reeleição "quem cria dificuldades no país é o PAIGC" e é desse partido que depende que a democracia "funcione a cem por cento" na Guiné-Bissau.
 
Nas próximas eleições, disse, "o PRS vai passear para entrar no poder", porque "o PAIGC está quebrado".
 
Kumba Ialá, além do tradicional barrete vermelho, apareceu com indumentária tradicional entre vivas ao partido e gritos de "vitória".
 
"Apareci tal como 99 por cento da população, apareci tal como o meu povo", justificou.
 
O congresso do PRS realiza-se de 11 a 14 de dezembro. Em abril do próximo ano deverá haver eleições, depois de um ano de transição, na sequência de um golpe de Estado em abril passado que derrubou o poder eleito.
 
FP //JMR.
 
Presidente interino deposto da Guiné-Bissau em Díli para falar sobre assuntos de "interesse comum"
 
15 de Novembro de 2012, 09:51
 
Díli, 15 nov (Lusa) - O Presidente interino deposto da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, disse hoje que se deslocou a Timor-Leste para "falar sobre assuntos de interesse comum" com as autoridades timorenses, sem especificar quais.
 
"É uma visita normal no quadro das relações entre os povos da Guiné e de Timor. Como sabem, nós temos um passado comum de luta pela independência e os laços históricos falam mais alto e é normal que eu esteja cá em visita para falar sobre assuntos de interesse comum", afirmou Raimundo Pereira.
 
O Presidente interino deposto da Guiné-Bissau falava à imprensa no aeroporto Nicolau Lobato, em Díli, momentos depois de chegar acompanhado do chefe da diplomacia timorense deposto, Mamadu Djaló Pires, e não do primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes Júnior, como a Lusa noticiou na quarta-feira.
 
A 12 de abril, na véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá, os militares derrubaram o Governo e o Presidente.
 
A Guiné-Bissau está a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar eleições no país em abril do próximo ano.
 
A maior parte da comunidade internacional, incluindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), não reconhece as novas autoridades de Bissau.
 
O convite para visitar Timor-Leste foi feito ainda por José Ramos-Horta, que abandonou a presidência timorense em maio, e que hoje manteve um pequeno encontro no aeroporto com Raimundo Pereira e Mamadu Djaló Pires.
 
Durante a sua estada em Timor-Leste, que termina no sábado, Raimundo Pereira deverá reunir-se com o atual Presidente timorense, Taur Matan Ruak.
 
MSE (CSR) // VM.
 
Ex-PR timorense Ramos-Horta acompanha situação na Guiné-Bissau com "muita preocupação"
 
15 de Novembro de 2012, 10:11
 
Díli, 15 nov (Lusa) - O Prémio Nobel da Paz e antigo Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta afirmou hoje que continua a acompanhar a situação da Guiné-Bissau com "muita preocupação", mas também com "muita compreensão".
 
"Eu continuo a seguir a evolução da situação na Guiné-Bissau com muita preocupação, mas também com muita compreensão", afirmou à agência Lusa José Ramos-Horta.
 
O antigo Presidente timorense falava no aeroporto Nicolau Lobato antes de viajar para Singapura e onde ainda esteve reunido com o Presidente interino deposto guineense, Raimundo Pereira, que hoje chegou a Timor-Leste para uma visita de trabalho de dois dias.
 
"Conheço muito bem a Guiné-Bissau, mas pouco mais posso dizer além de manifestar solidariedade e simpatia", afirmou José Ramos-Horta, disponibilizando-se para ajudar diretamente ou indiretamente na resolução da crise que o país vive desde 12 de abril.
 
A 12 de abril, na véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá, os militares derrubaram o Governo e o Presidente.
 
A Guiné-Bissau está a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar eleições no país em abril do próximo ano.
 
A maior parte da comunidade internacional, incluindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), não reconhece as novas autoridades de Bissau.
 
"Tudo o que as autoridades no terreno na Guiné-Bissau necessitarem da minha parte, tudo o que o Governo legítimo e as Nações Unidas necessitarem da minha parte, tudo o que possa contribuir direta ou indiretamente farei, é só uma questão de ver em que as áreas em que Timor possa ajudar", acrescentou o antigo Presidente timorense.
 
Raimundo Pereira viajou acompanhado do chefe da diplomacia guineense deposto, Mamadu Djaló Pires, e deverá ser recebido ainda pelo novo Presidente timorense, Taur Matan Ruak.
 
MSE // VM.
 

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