Segundo maior
partido da Guiné-Bissau com cinco candidatos a líder
14 de Novembro de
2012, 17:06
Bissau, 14 nov
(Lusa) - Cinco membros do Partido da Renovação Social (PRS) candidataram-se à
presidência do segundo maior partido da Guiné-Bissau, cujo congresso se realiza
entre 11 e 14 de dezembro.
De acordo com a
comissão organizadora do 4.º congresso do PRS, são candidatos Kumba Iála, o até
agora presidente do partido; Vitor Nambeia; Aladje Sonco; Baltasar Cardoso e
Sola N'Quilim.
Sola N'Quilim
acusou recentemente Kumba Iálá de ser um "líder violento".
O prazo para a
apresentação de candidaturas à liderança do PRS terminou hoje.
FP //JMR.
Líder da oposição
na Guiné-Bissau diz que "vai ser fácil" ganhar eleições
14 de Novembro de
2012, 18:01
Bissau, 14 nov
(Lusa) - O presidente do Partido da Renovação Social (PRS) e de novo candidato
à liderança do segundo maior partido da Guiné-Bissau, considerou hoje que
"vai ser fácil" ganhar o congresso partidário e as próximas eleições
guineenses.
Kumba Ialá falava
aos jornalistas após ter apresentado a candidatura a presidente do PRS no
congresso marcado para dezembro, liderança que vai disputar com outros quatro
candidatos.
Cinco candidatos,
disse, demonstra "a dinâmica democrática do PRS" e demonstra que
dentro do partido "há democracia interna". Ainda assim garantiu não
ter adversários à sua altura.
Kumba Ialá disse
que o mesmo se passa a nível do país, onde considera que o PRS não tem
adversários.
"O único
adversário que tínhamos no passado era o general Nino Vieira, através do seu
prestígio de guerrilheiro e de chefe de Estado", afirmou.
"Neste
momento, do ponto de vista político, não tenho nenhum adversário capaz de me
resistir, porque tive o privilégio de aprender a democracia em Portugal,
enquanto estudante de liceu e universitário, assistindo aos debates de grandes
políticos portugueses, como Mário Soares, Álvaro Cunhal, Sá Carneiro e outros,
e que me permitiu aprender a democracia e o diálogo democrático",
adiantou.
Questionado sobre
se considera haver condições para que as próximas eleições na Guiné-Bissau se
realizem em abril
Kumba Ialá afirmou estar pronto mas referiu que a realização
das eleições "depende de quem esteja a dirigir o país", tal como a
viabilidade da Assembleia Nacional (até agora inoperacional) depende dos
deputados.
"Quem está a
criar fricções é o PAIGC, nós temos 28 deputados, não podemos criar
problemas", disse, referindo-se ao Partido Africano da Independência da
Guiné e Cabo Verde, o maior partido da Guiné-Bissau.
Ainda de acordo com
o candidato que aposta na reeleição "quem cria dificuldades no país é o
PAIGC" e é desse partido que depende que a democracia "funcione a cem
por cento" na Guiné-Bissau.
Nas próximas
eleições, disse, "o PRS vai passear para entrar no poder", porque
"o PAIGC está quebrado".
Kumba Ialá, além do
tradicional barrete vermelho, apareceu com indumentária tradicional entre vivas
ao partido e gritos de "vitória".
"Apareci tal
como 99 por cento da população, apareci tal como o meu povo", justificou.
O congresso do PRS
realiza-se de 11 a 14 de dezembro. Em abril do próximo ano deverá haver
eleições, depois de um ano de transição, na sequência de um golpe de Estado em
abril passado que derrubou o poder eleito.
FP //JMR.
Presidente interino
deposto da Guiné-Bissau em Díli para falar sobre assuntos de "interesse comum"
15 de Novembro de
2012, 09:51
Díli, 15 nov (Lusa)
- O Presidente interino deposto da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, disse hoje
que se deslocou a Timor-Leste para "falar sobre assuntos de interesse
comum" com as autoridades timorenses, sem especificar quais.
"É uma visita
normal no quadro das relações entre os povos da Guiné e de Timor. Como sabem,
nós temos um passado comum de luta pela independência e os laços históricos
falam mais alto e é normal que eu esteja cá em visita para falar sobre assuntos
de interesse comum", afirmou Raimundo Pereira.
O Presidente
interino deposto da Guiné-Bissau falava à imprensa no aeroporto Nicolau Lobato,
em Díli, momentos depois de chegar acompanhado do chefe da diplomacia timorense
deposto, Mamadu Djaló Pires, e não do primeiro-ministro deposto, Carlos Gomes
Júnior, como a Lusa noticiou na quarta-feira.
A 12 de abril, na
véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da
Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá,
os militares derrubaram o Governo e o Presidente.
A Guiné-Bissau está
a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade
Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar
eleições no país em abril do próximo ano.
A maior parte da
comunidade internacional, incluindo a Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), não reconhece as novas autoridades de Bissau.
O convite para
visitar Timor-Leste foi feito ainda por José Ramos-Horta, que abandonou a
presidência timorense em maio, e que hoje manteve um pequeno encontro no
aeroporto com Raimundo Pereira e Mamadu Djaló Pires.
Durante a sua
estada em Timor-Leste, que termina no sábado, Raimundo Pereira deverá reunir-se
com o atual Presidente timorense, Taur Matan Ruak.
MSE (CSR) // VM.
Ex-PR timorense
Ramos-Horta acompanha situação na Guiné-Bissau com "muita
preocupação"
15 de Novembro de
2012, 10:11
Díli, 15 nov (Lusa)
- O Prémio Nobel da Paz e antigo Presidente de Timor-Leste José Ramos-Horta
afirmou hoje que continua a acompanhar a situação da Guiné-Bissau com
"muita preocupação", mas também com "muita compreensão".
"Eu continuo a
seguir a evolução da situação na Guiné-Bissau com muita preocupação, mas também
com muita compreensão", afirmou à agência Lusa José Ramos-Horta.
O antigo Presidente
timorense falava no aeroporto Nicolau Lobato antes de viajar para Singapura e
onde ainda esteve reunido com o Presidente interino deposto guineense, Raimundo
Pereira, que hoje chegou a Timor-Leste para uma visita de trabalho de dois
dias.
"Conheço muito
bem a Guiné-Bissau, mas pouco mais posso dizer além de manifestar solidariedade
e simpatia", afirmou José Ramos-Horta, disponibilizando-se para ajudar
diretamente ou indiretamente na resolução da crise que o país vive desde 12 de
abril.
A 12 de abril, na
véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da
Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá,
os militares derrubaram o Governo e o Presidente.
A Guiné-Bissau está
a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade
Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar
eleições no país em abril do próximo ano.
A maior parte da
comunidade internacional, incluindo a Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP), não reconhece as novas autoridades de Bissau.
"Tudo o que as
autoridades no terreno na Guiné-Bissau necessitarem da minha parte, tudo o que
o Governo legítimo e as Nações Unidas necessitarem da minha parte, tudo o que
possa contribuir direta ou indiretamente farei, é só uma questão de ver em que
as áreas em que Timor
possa ajudar", acrescentou o antigo Presidente timorense.
Raimundo Pereira
viajou acompanhado do chefe da diplomacia guineense deposto, Mamadu Djaló
Pires, e deverá ser recebido ainda pelo novo Presidente timorense, Taur Matan
Ruak.
MSE // VM.
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