Televisão Digital
Terrestre vai chegar a Cabo Verde até junho de 2015
14 de Novembro de
2012, 20:13
Cidade da Praia, 14
nov (Lusa) - A substituição da televisão analógica pela Televisão Digital
Terrestre (TDT) em Cabo
Verde deverá acontecer até junho de 2015, cumprindo o prazo
determinado pela União Internacional de Telecomunicações (UIT).
A informação foi
avançada hoje pelo presidente da Agência Nacional de Comunicações (ANAC)
cabo-verdiana, David Gomes, durante um "workshop" sobre o plano
estratégico de transição para TDT.
David Gomes
explicou que o plano já elaborado prevê a criação de uma empresa única de
transmissão do sinal, estando em curso a ponderação da engenharia financeira
necessária.
"Estamos a
falar de investimentos na ordem dos sete milhões de euros, embora possamos
conseguir diminuir o montante, aproveitando ao máximo as infraestruturas
existentes da Rádio e Televisão de Cabo Verde (RTC). Esta é a parte mais
complexa", afirmou.
"Tendo a
infraestrutura tecnológica resolvida e criada a empresa única de transporte e
difusão, penso que, com um plano bem preparado, podemos seguramente cumprir o
prazo, que é 17 de junho de 2015", explicou.
A empresa única de
transporte e difusão do sinal digital de televisão poderá vir a ser participada
pelo Estado, por empresas do setor e por privados.
Outras questões
também estão a ser equacionadas, sublinhou David Gomes, como a aquisição de
equipamentos por parte do consumidor para receber as emissões.
"O problema é
encontrar um mecanismo de financiamento para os que têm necessidade de aceder
aos equipamentos, designadamente aos que já tem um televisor e que não querem
ou não podem comprar um outro aparelho. Aí deverá entrar a questão do subsídio
cruzado, explícito ou direto do setor", avançou.
Depois de definido
o tipo de financiamento para o plano, a aplicação deverá começar no segundo
semestre de 2013, pressupondo-se que o desligar das emissões analógicas comece
em julho de 2014, altura da realização do Campeonato do Mundo de Futebol, a
realizar no Brasil.
CLI //JMR.
Acordo de
Concertação garante paz social e desenvolvimento - PM
14 de Novembro de
2012, 21:29
Cidade da Praia, 14
nov (Lusa) - O primeiro-ministro de Cabo Verde afirmou hoje que o Acordo de
Concertação Estratégico assinado entre Governo e os parceiros sociais cria
condições para o crescimento económico e garante a coesão social para
desenvolvimento do país.
José Maria Neves
considerou "muito positivo" os entendimentos alcançados nas reuniões
de segunda e terça-feira com sindicatos e patronato, assegurando que o Governo
pretende construir soluções em concertação com os parceiros sociais para que a economia
continue a crescer com competitividade.
"O acordo é
fundamental porque garante paz social, cria condições que favorecem o
crescimento e competitividade, garante a coesão social e o consenso entre os
principais parceiros para continuar a trabalhar para o desenvolvimento de
Cabo-Verde nesta legislatura. Vai permitir um diálogo mais produtivo",
vincou.
O ACE contempla o
Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para a Função Pública, a
implementação do salário mínimo em janeiro de 2014 e a integração de representantes
dos trabalhadores na gestão do Sistema de Previdência Social, tendo ficado
descartada a possibilidade de instituir, para já, o 13.º mês.
Quanto aos
reajustes salariais, uma das reivindicações dos sindicatos, José Maria Neves
disse que não há como acomodar aumentos clássicos ao mesmo tempo que se
implementa o PCCS, que, por seu lado, já contempla aumentos salariais de três
por cento, com efeitos retroativos para o quadro comum e para os de regime
especial, que deverão ser aprovados em 2013.
Sem consenso na
reunião ficou a proposta governamental para o Orçamento do Estado para 2013,
com José Maria Neves a afirmar, porém, que foi criado o ambiente para a
continuidade do diálogo sobre as medidas de política orçamental para 2013.
O primeiro-ministro
cabo-verdiano discordou da leitura feita pelo patronato de que se trata de um
orçamento "despesista e recessivo", e acusou-o de parcialidade na
análise em relação à uniformização do IVA para 15 por cento e à competitividade
de Cabo-Verde como destino turístico.
Com o OE2013,
justificou, o IVA sobre o turismo passa de 6 para 15 por cento e a eletricidade
de 4 para também 15 por cento, mas, em contrapartida, existem produtos que irão
sofrer uma redução na tributação fiscal, como a gasolina ( que é atualmente de
45 por cento) e o gasóleo (18 por cento).
CLI // ARA.
Portugal quer
consolidar relações económico-empresariais com Cabo Verde e espreitar CEDEAO
15 de Novembro de
2012, 13:11
Cidade da Praia, 15
nov (Lusa) - Portugal pretende que a cimeira de dezembro com Cabo Verde permita
consolidar a sua presença no arquipélago, potenciar os negócios das empresas
portuguesas e investir no mercado da CEDEAO, disse hoje à agência Lusa fonte
governamental portuguesa.
Os três objetivos
foram enumerados numa entrevista, na Cidade da Praia, pelo secretário de Estado
Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional de Portugal, António Almeida
Henriques, que se encontra em
Cabo Verde a ultimar os preparativos da II Cimeira
Portugal/Cabo Verde, que decorrerá na ilha de São Vicente de 01 a 03 de
dezembro.
"Queremos
consolidar a posição que temos em
Cabo Verde , para potenciar as cerca de 3.000 empresas que já
interagem com este mercado. Entre o que são os objetivos prioritários e
estratégicos de Cabo Verde, queremos potenciá-los através de empresas
portuguesas", sublinhou Almeida Henriques.
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