quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Portugal -14 Novembro: POLÍCIA NÃO ATUOU EM TEMPO ÚTIL “PROPOSITADAMENTE”

 

Jornal de Notícias
 
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, defendeu, esta quinta-feira, que "propositadamente a polícia não atuou para pôr termo, em tempo útil, aquilo que se passou", referindo-se à manifestação junto ao Parlamento, no dia da greve geral convocada pela central sindical.
 
Questionado pela Lusa sobre o alegado envio de imagens da RTP na manifestação de 14 de novembro, Arménio Carlos disse que "mal vai o País quando as manifestações já são sujeitas a gravação para dar a possibilidade à polícia de identificar pessoas".
 
"A polícia está a recolher imagens para identificar aqueles que identificou no local e que propositadamente não atuou para pôr termo, em tempo útil, aquilo que se passou", defendeu o dirigente sindical, em conferência de imprensa, no final do conselho nacional da CGTP-IN.
 
Arménio Carlos afirmou que "a polícia não tem que identificar pessoas por um controle de estado policial. Tem que intervir quando tem que intervir para pôr termo ao que se passou em tempo oportuno. Foi isso que a polícia não fez em tempo oportuno".
 
Considerando que "nada acontece por acaso", o secretário-geral da CGTP afirmou que, após as 18 horas, "não se falou de outra coisa a não ser da violência", em frente à Assembleia da República.
 
"A quem interessou aqueles acontecimentos", questionou, considerando que "a polícia tem que assumir as suas responsabilidade e, quando se diz polícia, fala-se do Governo".
 
Na conferência de imprensa, Arménio Carlos disse ainda recear que as "cenas lamentáveis" junto ao Parlamento, que terminaram com uma carga policial sobre os manifestantes, possam "levar a que pessoas que habitualmente participavam em manifestações pensem duas vezes antes de voltar a participar".
 
Depois de terminado o desfile promovido pela CGTP, no passado dia 14, os ânimos em frente à Assembleia da República começaram a resvalar para a violência, com alguns manifestantes a derrubarem as grades colocadas pelas forças de segurança e a lançarem pedras da calçada durante mais de uma hora contra o cordão de segurança policial que protegia o Parlamento.
 
A polícia iniciou cerca das 18.20 horas uma carga contra os manifestantes que se encontravam junto à Assembleia da República, utilizando bastões e cães para afastar as pessoas da escadaria.
 
O largo em frente às escadarias do Parlamento foi controlado pela polícia, com os manifestantes a fugirem para as ruas mais próximas para tentar escapar à carga policial.
 
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