quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Principais partidos da Guiné-Bissau de acordo para viabilizar Parlamento

 

FP – JMR – com foto Tiago Petinga - Lusa
 
Bissau, 15 nov (Lusa) - Os líderes parlamentares dos dois principais partidos da Guiné-Bissau manifestaram-se hoje de acordo sobre a conclusão da presente sessão legislativa, o que a acontecer será a primeira vez após o golpe de Estado de abril.
 
Depois de um golpe militar ter derrubado os dirigentes eleitos a 12 de abril a Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau tentou reunir-se várias vezes mas nunca iniciou trabalhos devido a divergências entre o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, 67 deputados) e o Partido da Renovação Social (PRS, 28 deputados).
 
Hoje, o parlamento guineense voltou a abrir para uma sessão de um mês, tendo o líder da maior bancada, Rui Diã de Sousa, considerado "muito importante" reatar as atividades da Assembleia e acrescentando que "o PAIGC está muito interessado em que isso aconteça".
 
"Houve uma crise mas é preciso sarar feridas. Que todos procurem soluções. Por isso é que o PAIGC está aqui, voltámos para trabalhar", afirmou o líder da bancada aos jornalistas.
 
Serifo Djaló, líder da bancada do PRS, disse também aos jornalistas que os deputados da oposição esperam "um bom trabalho", com todos os deputados "mais vocacionados para a Guiné-Bissau" do que para "interesses pessoais".
 
Numa sessão solene de apelos a consensos também o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, António Indjai, pediu, em declarações aos jornalistas, "ponderação" e que os interesses da Guiné-Bissau se sobreponham a interesses pessoais.
 
Caso decorra de facto, a sessão legislativa deverá discutir e aprovar uma nova lei eleitoral, deverá prorrogar a legislatura até à posse de novos deputados (a legislatura deveria terminar na próxima semana), e deverá eleger um novo presidente da Comissão Nacional de Eleições.
 
Na agenda está também o preenchimento das vagas na mesa da ANP, a aprovação final e global de propostas de lei sobre o Código de Minas e Pedreira e sobre Petróleo. A aprovação do projeto de carreiras do pessoal efetivo da ANP e do estatuto da carreira docente universitária também estão na agenda da sessão, que termina dia 15 de dezembro.
 

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