domingo, 2 de dezembro de 2012

Cimeira Cabo Verde/Portugal sem novidades - Neves e Passos de bolsos vazios

 


Liberal (cv) – foto António Cotrim-Lusa
 
Esta cimeira, já descrita por certa imprensa próxima do Poder como sendo a “cimeira dos quebrados”, não tem envolvido grandes motivações de parte a parte. É a cimeira de dois países em crise profunda
 
Mindelo, 01 dezembro 2012 - A II Cimeira Cabo Verde / Portugal vai ter como palco hoje a cidade de Mindelo, S. Vicente. O primeiro ministro Pedro Passos Coelho faz-se acompanhar por sete ministros, e o objetivo dessa cimeira, num cenário de crise, é procurar fortalecer a cooperação e estabelecer novas parcerias.
 
“Portugal neste tempo de crise precisa exportar e Cabo verde é um mercado estratégico para internacionalização das empresas portuguesas. Cabo Verde pode ser porta de Entrada para África Ocidental onde a idade média das pessoas é baixa e, assim sendo, este espaço é um mercado promissor”, prognostica Ricardo Salgado um dos responsáveis do Banco Espírito Santo que já está a investir no mercado cabo-verdiano.
 
Um dos propósitos dessa cimeira é celebrar outros protocolos em várias áreas e uma das reivindicações dos empresários é fazer com que Portugal e Cabo Verde reforcem mais a diplomacia económica.
 
Esta cimeira, já descrita por certa imprensa próxima do Poder como sendo a “cimeira dos quebrados”, não tem envolvido grandes motivações de parte a parte. É a cimeira de dois países em crise profunda. Portugal tenta remendar os muitos erros da governação do amigo de José Maria Neves, José Sócrates, enquanto que Cabo Verde continua a fingir estar “blindado” à crise, apesar das medidas tomadas na calada da sombra.
 
Para um economista, esta cimeira representa a celebração de um contrato entre o cavalo e o cavaleiro. “Se um empresário português alega que Portugal tem de exportar mais em época de crise, é claro que Portugal quer ganhar mais. E Cabo Verde não quererá exportar mais para Portugal”, ironiza o nosso interlocutor.
 

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