sábado, 8 de dezembro de 2012

GUIA TURÍSTICO DE ANGOLA LANÇADO NA SEGUNDA-FEIRA EM LISBOA

 

Sol - Lusa
 
Um guia turístico alternativo que apresenta informações de como viajar em Angola de forma acessível e diferente, sobretudo pelo interior do país, será lançado em Lisboa, na segunda-feira, disse hoje o autor da obra, Joost De Raeymaeker.
 
“O guia é alternativo porque viajei pelas várias regiões de Angola da mesma forma que a maioria dos angolanos, de autocarro, de boleia, de pendura numa mota, na caixa de carga de camiões e carrinhas”, disse à agência Lusa o jornalista belga Joost De Raeymaeker.
 
A ideia de fazer um guia sobre Angola surgiu em 2007, quando viajou para o país e encontrou dificuldade para se deslocar e hospedar em Benguela.
 
“Há pouca informação turística sobre Angola e o que encontrei em Portugal ficou longe de ser o suficiente”, referiu.
 
Em 2008, criou um projecto ambicioso, segundo o próprio autor, mas não conseguiu os apoios necessários para a realização do trabalho, pois nunca foi uma “grande espingarda comercial”.
 
O guia só foi retomado efectivamente entre 2010 e 2011, quando Joost De Raeymaeker visitou novamente Angola e passou a recolher uma série de informações sobre o país.
 
O livro indica ao leitor 15 percursos realizados pelo jornalista belga, passando por Luanda, Benguela, Lobito, Lubango, Namibe, Uíge, Kuito, Malanje, Cabinda, entre outros locais.
 
De Raeymaeker, ao longo do guia, mistura as informações práticas com as histórias vividas por ele nos vários trajectos que percorreu no país, mostrando a alegria e a hospitalidade dos angolanos.
 
No trajecto que fez para o Huambo, o autor referiu como teve de realizar a pé uma parte do trajecto porque uma ponte havia caído devido às chuvas.
 
Recordou a guerra civil (1975 a 2002), dizendo que chegou a ver fotos de prédios no Huambo completamente destruídos, mas hoje a paisagem já é diferente com a reconstrução dos edifícios e casas.
 
De acordo com o belga, que mora há cerca de 18 anos em Portugal, quando chegava a uma nova cidade angolana, procurava “as hospedarias, as pensões e as residenciais, os sítios mais em conta para se dormir e também para se comer”.
 
“O guia também fornece as informações tradicionais, como os principais hotéis, como chegar aos locais de avião, os postos de combustível, aeroportos, os restaurantes mais caros”, acrescentou.
 
O jornalista belga achou “interessante fazer esta parte mais clássica de um guia, mas de uma maneira leve e descontraída”.
 
Joost De Raeymaeker dedicou alguns capítulos para dar a conhecer um pouco da história, cultura e geografia de Angola.
 
“É importante que as pessoas saibam um bocadinho mais sobre o local que vão visitar, o que vão encontrar. O que ler, o que ouvir antes de se deslocar ao país. No guia abordo a história, o clima e a geografia, as etnias, a gastronomia, as línguas, a música e a cultura de Angola”, sublinhou.
 
O guia, editado pela Oficina do Livro, tem muitas fotografias que ilustram o quotidiano dos angolanos e mostram a bela paisagem natural deste país africano lusófono.
 
Há um vocabulário de termos utilizados em Angola, além dos nomes das cidades nos tempos da colonização portuguesa e actualmente.
 
O livro, de 319 páginas, será lançado na Livraria Leya, na Buchholz, em Lisboa.
 
A obra, que já está à venda nas livrarias, será apresentada pelo ator e humorista Rui Unas.
 

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