segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

PARLAMENTO CABO-VERDIANO APROVA NOVO CÓDIGO DE BENEFÍCIOS FISCAIS

 

JSD – VM - Lusa
 
Cidade da Praia, 10 dez (Lusa) - A proposta de lei de benefícios fiscais apresentada pelo Governo de Cabo Verde foi hoje aprovada no Parlamento, destinada, segundo o executivo, a reforçar a competitividade nos investimentos privados.
 
O documento foi aprovado com 34 votos do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), apesar dos 19 contra do Movimento para a Democracia (MpD, oposição) e de um da União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID).
 
Um dos 38 deputados do PAICV, Aristides Lima, antigo presidente da Assembleia Nacional e candidato às presidenciais de 2011, também votou contra.
 
Na declaração de voto, Fernando Elísio Freire, líder da bancada do MpD (32 deputados), justificou a decisão, alegando que o diploma representa um "retrocesso" em relação à anterior legislação na matéria.
 
Segundo Elísio Freire, a forma como o Governo tratou e dialogou com a sociedade a questão do código de benefícios fiscais "demonstra bem" que o executivo de José Maria Neves não está interessado em dotar o país de um "instrumento fundamental da sua competitividade" económica.
 
"O país pode perder competitividade com esta lei a nível do turismo", observou Elísio Freire, para quem a proposta de lei ora aprovada é um "retrocesso face ao investimento direto estrangeiro", já que, segundo o deputado, os investidores procuram países que lhes deem competitividade e estabilidade fiscais.
 
Por sua vez, António Fernandes, do grupo parlamentar do PAICV, regozijou-se com a proposta de lei, que permite "um grande ganho" face à atual legislação sobre os benefícios fiscais ainda em vigor.
 
Na perspetiva da bancada que suporta o Governo, a lei aprovada "reforça a competitividade" do arquipélago no que concerne aos investimentos privados, além de minimizar as assimetrias nas oportunidades de investimentos.
 
"É um código que consegue dar maior reforço à questão do mecenato", pauta-se pela "modernidade" e sistematiza os benefícios fiscais, disse António Fernandes, numa declaração de voto em nome do grupo parlamentar.
 

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