Timor-Leste: Ramos
Horta aguarda resposta da ONU sobre mediação na Guiné-Bissau
Luanda Digital
Díli – O antigo
Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos Horta, está a aguardar a
decisão do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, sobre a atitude a
tomar em relação à crise na Guiné-Bissau.
No início de 2012,
o Governo guineense recomendou a José Ramos Horta que tomasse parte numa
solução para o conflito que está a decorrer na Guiné-Bissau.
Depois de ter sido derrotado nas Eleições Presidenciais timorenses, das quais Taur Matan Ruak saiu vencedor, José Ramos Horta disse estar pronto para mediar o confronto na Guiné-Bissau.
Esta terça-feira, 18 de Dezembro, em Díli, o antigo Chefe de Estado timorense disse acreditar que Ban Ki Moon vai tomar uma decisão em breve.
«Estou a aguardar a decisão do secretário-geral da ONU, que deverá ser comunicada dentro de pouco tempo», referiu o ex-Presidente de Timor-Leste à PNN.
José Ramos Horta não quis especificar o que terá que fazer em relação à crise guineense, dado que ainda não foi tomada nenhuma decisão acerca da sua nova missão.
(c) PNN Portuguese
News Network
Tribunal de Díli
condena a penas de prisão três elementos de milícia pró-Indonésia
19 de Dezembro de
2012, 20:38
Díli, 19 dez (Lusa)
- Três elementos de uma milícia pró-integracionista, que atuaram em Timor-Leste
em 1999, foram condenados a penas entre os seis e os 16 anos de prisão,
anunciou na terça-feira o Programa de Monitorização do Sistema Judicial (PMSJ).
Em comunicado
divulgado à imprensa, a organização refere que os três elementos pertenciam à
milícia Besih Merah Putih e foram condenados pelo Tribunal Distrital de Díli,
num julgamento realizado no passado dia 11, por incidentes ocorridos, em 1999,
na vila de Ulmera, Bazartete, no distrito de Liquiçá, a cerca de 50 quilómetros
a oeste de Díli.
No documento, o
PMSJ refere que Faustino Filipe de Carvalho, antigo chefe da vila de Ulmera e
comandante daquela milícia foi condenado a seis anos de prisão por deslocação
forçada de pessoas para Kunpang, Timor Ocidental, e detenção ilegal de mulheres
e crianças.
Os outros dois
elementos, Miguel Soares e Salvador de Jesus, foram condenados respetivamente a
nove e 16 anos de prisão por envolvimento em homicídios.
A 04 de setembro
1999, quando foram anunciados os resultados da consulta popular de 30 de agosto
que determinaram a independência de Timor-Leste, começou um período de
violência e destruição perpetrado por milícias pró-integracionistas, apoiadas
por soldados da Indonésia.
Durante cerca de um
mês, mil pessoas foram mortas e centenas de milhares obrigadas a viajar para
Timor Ocidental e outras províncias indonésias.O relatório sobre direitos
humanos de 2010 da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste, cujo mandato termina
no dia 31, refere que no final de junho de 2010, "303 dos 391 indivíduos
acusados de crimes graves associados ao período de 1999 continuavam à
solta".
MSE // HB
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