quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

RAMOS HORTA MEDIADOR DO CONFLITO EM BISSAU, MILÍCIAS CONDENADOS ATÉ 16 ANOS

 


Timor-Leste: Ramos Horta aguarda resposta da ONU sobre mediação na Guiné-Bissau
 
Luanda Digital
 
Díli – O antigo Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos Horta, está a aguardar a decisão do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, sobre a atitude a tomar em relação à crise na Guiné-Bissau.
 
No início de 2012, o Governo guineense recomendou a José Ramos Horta que tomasse parte numa solução para o conflito que está a decorrer na Guiné-Bissau.

Depois de ter sido derrotado nas Eleições Presidenciais timorenses, das quais Taur Matan Ruak saiu vencedor, José Ramos Horta disse estar pronto para mediar o confronto na Guiné-Bissau.

Esta terça-feira, 18 de Dezembro, em Díli, o antigo Chefe de Estado timorense disse acreditar que Ban Ki Moon vai tomar uma decisão em breve.

«Estou a aguardar a decisão do secretário-geral da ONU, que deverá ser comunicada dentro de pouco tempo», referiu o ex-Presidente de Timor-Leste à PNN.

José Ramos Horta não quis especificar o que terá que fazer em relação à crise guineense, dado que ainda não foi tomada nenhuma decisão acerca da sua nova missão.

(c) PNN Portuguese News Network
 
Tribunal de Díli condena a penas de prisão três elementos de milícia pró-Indonésia
 
19 de Dezembro de 2012, 20:38
 
Díli, 19 dez (Lusa) - Três elementos de uma milícia pró-integracionista, que atuaram em Timor-Leste em 1999, foram condenados a penas entre os seis e os 16 anos de prisão, anunciou na terça-feira o Programa de Monitorização do Sistema Judicial (PMSJ).
 
Em comunicado divulgado à imprensa, a organização refere que os três elementos pertenciam à milícia Besih Merah Putih e foram condenados pelo Tribunal Distrital de Díli, num julgamento realizado no passado dia 11, por incidentes ocorridos, em 1999, na vila de Ulmera, Bazartete, no distrito de Liquiçá, a cerca de 50 quilómetros a oeste de Díli.
 
No documento, o PMSJ refere que Faustino Filipe de Carvalho, antigo chefe da vila de Ulmera e comandante daquela milícia foi condenado a seis anos de prisão por deslocação forçada de pessoas para Kunpang, Timor Ocidental, e detenção ilegal de mulheres e crianças.
 
Os outros dois elementos, Miguel Soares e Salvador de Jesus, foram condenados respetivamente a nove e 16 anos de prisão por envolvimento em homicídios.
 
A 04 de setembro 1999, quando foram anunciados os resultados da consulta popular de 30 de agosto que determinaram a independência de Timor-Leste, começou um período de violência e destruição perpetrado por milícias pró-integracionistas, apoiadas por soldados da Indonésia.
 
Durante cerca de um mês, mil pessoas foram mortas e centenas de milhares obrigadas a viajar para Timor Ocidental e outras províncias indonésias.O relatório sobre direitos humanos de 2010 da Missão Integrada da ONU em Timor-Leste, cujo mandato termina no dia 31, refere que no final de junho de 2010, "303 dos 391 indivíduos acusados de crimes graves associados ao período de 1999 continuavam à solta".
 
MSE // HB
 

Sem comentários:

Mais lidas da semana