Manuel José – Voz da
América
Open Society diz
que há mais informação mas que esta ainda não é fiável
As contas do
petróleo em Angola ainda não são transparentes e por isso não merecem
confiança, concluíram dois relatórios sobre as operações petrolíferas do país
da organização não-governamental Open Society.
Os dois
relatórios são titulados "Operações da Industria petrolífera em
Angola" e “Receitas Petrolíferas em Angola, muita informação mas sem
transparência suficiente".
Os dois documentos diferem mas um completa disse a Directora de programas
da Open Society, Sizaltina Cutaia.
"Os dois relatórios são destintos mas complementam-se," disse ela.
Outra responsável da ONG, Albertina Delgado deixou claro que que as informações
sobre o sector do petróleo não garantem confiança.
A ONG reconhece que aumentou a quantidade de informações, pecando apenas na
falta de transparência destes dados.
"Há mais informações mas é necessário que haja maior transparência destas
informações," disse
"Com base na informação que tivemos acesso podemos afirmar que os dados
não são confiáveis nem fiáveis," acrescentou.
A consultora da Open Society, Maria Lya Ramos, diz que sem transparência
no sector de petróleo muito dificilmente o país vai erradicar a pobreza
extrema.
Existe em Angola, segundo Lya Ramos, uma extrema relação entre a pobreza e a
falta de transparência no sector petrolífero.
"O problema do desemprego, da água potável, das casas condignas, o
problema do acesso a saúde publica, que são dificuldades da maioria dos
angolanos tem uma ligação directa com o sector petrolífero angolano,"
disse.
O deputado da UNITA Adalberto Júnior disse que é preciso haver uma maior
fiscalização da Assembleia Nacional, para acabar com os descaminhos dos fundos
petrolíferos.
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