William Mapote –
Voz da América
A intervenção
policial paralisou temporariamente a baixa de Maputo e nem mesmo jornalistas
escaparam à actividade policial.
Em Moçambique, a
polícia recorreu hoje ao gás lacrimogénio e a jactos de água para
dispersar ex-combatentes que estavam concentrados juntos ao gabinete do
primeiro-ministro.
A intervenção
policial paralisou temporariamente a baixa de Maputo e nem mesmo jornalistas
escaparam à actividade policial.
A manifestação, que se pretendia pacífica, para exigir o pagamento de pensões
referentes ao tempo em que estiveram ao serviço da guerra civil terminada em
1992, teve uma resposta de força por parte das autoridades governamentais que
estavam dispostas a tudo fazer para dispersar os desmobilizados.
Eram 11 horas da manhã quando um contingente policial, composto por cerca de
duas dezenas de elementos, fortemente armados, chegou ao local com avisos de
evacuação, principalmente para os jornalistas que cobriam a concentração dos
ex-combatentes.
A manifestação desta terça-feira foi dirigida pelo porta-voz dos
desmobilizados, Constantino Wiliamo. Até ao fecho da nossa edição,
desconhecia-se o seu paredeiro.
O vice-ministro do Interior, José Mandra, defendeu entretanto a operação
policial, não obstante contrariar o direito à manifestação que é um direito
constitucional.
Os ex-combatentes prometem não desarmar e dizem que voltarão a protestar nos
próximos dias seja qual for o custo que isso vier a ter.
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