terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Maioria chumba propostas de PS e PCP para eliminar propina do ensino de português...



... no estrangeiro

SBR – APN - Lusa

A maioria PSD/CDS-PP chumbou hoje as propostas de alteração de PS e PCP para eliminar a propina do ensino de português no estrangeiro, adiantaram à Lusa dois deputados.

PS e PCP queriam ver anulada a cobrança de “taxas pela certificação das aprendizagens” e de “taxas de frequência”, propostas no novo regime do ensino de português no estrangeiro, aprovado por PSD e CDS-PP.

Porém, as propostas de alteração foram chumbadas pela maioria na reunião da Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas desta tarde, disseram à Lusa o deputado socialista Paulo Pisco, eleito pelo Círculo da Europa, e o deputado comunista João Ramos.

Lamentando que tenha sido quebrada “a tradição de gratuitidade” do ensino de português no estrangeiro, Paulo Pisco sublinha que o novo regime revela “ilegalidades” e representa um “significado simbólico muito importante” para “o elo” entre Portugal e as comunidades.

O deputado teme ainda que o novo regime, “que vai ao arrepio da lei e da Constituição”, resulte numa “diminuição na frequência” do ensino.

A aprovação da propina “significa, desde logo, um tratamento desigual, porque os portugueses que aprendem português em Portugal não pagam propina por isso”, comparou, por seu lado, o deputado comunista João Ramos.

O PCP apresentou ainda duas propostas de aditamentos, um relacionado com o desembolso de despesas e outro com ciclos e horários de professores, igualmente chumbadas.

O PS propunha igualmente - e foi igualmente chumbada - a eliminação da proposta de “promoção de cursos e atividades em regime de complementaridade relativamente aos sistemas educativos dos países onde se encontrem estabelecidas comunidades portuguesas significativas ou apoio às iniciativas de associações portuguesas e de entidades estrangeiras, públicas e privadas, que prossigam o mesmo fim”.

A votação das propostas para criar um grupo de trabalho dedicado ao ensino de português no estrangeiro e outro dedicado à área da cooperação, ambas da autoria da maioria parlamentar, foi adiada para a próxima semana.

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