MMT – VM - Lusa
Maputo, 01 fev
(Lusa) - O procurador-geral da República de Moçambique, Augusto Paulino,
denunciou a existência de magistrados ao serviço do crime organizado, que fazem
"despiste dos elementos de provas", mas avisou que será
"implacável" contra os "agentes infiltrados" ao sistema
judicial.
Falando na
cerimónia de tomada de posse de novos magistrados do Ministério Público para as
procuradorias distritais, Augusto Paulino reconheceu que há "felizmente
poucos, entre procuradores, juízes e advogados, os que são autênticos serviçais
do crime organizado".
De acordo com
Augusto Paulino, no sistema judicial moçambicano, "há casos de ´sumiço` de
processos com conivência de juízes, procuradores, advogados e funcionários dos
cartórios".
Também há situações
de "permanência inusitada de processos nos gabinetes de juízes e
procuradores, meses a fio, sem despacho, para ganhar tempo para as manobras
programadas pelo crime organizado, nomeadamente a transferência de valores, a
fuga do país, o despiste de elementos de prova".
Mas, disse,
"contra o crime organizado não pode haver meio-termo: ou ela acaba com o
modelo social de organização do Estado que estamos a edificar ou o Estado acaba
com ele".
Por isso,
"continuaremos a ser implacáveis, intolerantes e absolutamente resolutos
para combater este tipo de manobras de agentes infiltrados no nosso seio ao
serviço do inimigo, custe o que custar", disse.
Sem comentários:
Enviar um comentário