SMA (ACC/CSJ/IG) HB - Lusa
A reunião semanal
do Conselho de Ministros vai realizar-se hoje, em vez de na quinta-feira, a
partir das 8:30, por razões de agenda de vários membros do Governo, incluindo o
primeiro-ministro.
Pedro Passos Coelho
esteve em Bruxelas na quinta e na sexta-feira, onde participou na cimeira de
chefes de Estado e de Governo da União Europeia.
O primeiro-ministro
negou na sexta-feira que o Conselho de Ministros de hoje seja especial e
dedicado aos cortes de 4 mil milhões de euros, afirmando tratar-se de uma
reunião “normal”, onde o assunto será naturalmente debatido, como já o foi e
continuará a ser.
“Eu sei que houve
órgãos de comunicação social que anunciaram em Lisboa que haveria um Conselho
de Ministros especial para tratar dessa matéria, mas quero aproveitar para
dizer que o Conselho de Ministros de amanhã [hoje] é um Conselho de Ministros
ordinário, que está convocado para a mesma hora dos conselhos de toda a
semana”, afirmou Passos Coelho na sexta-feira, no final da cimeira de chefes de
Estado e de Governo da União Europeia.
Pedro Passos Coelho
acrescentou que “o Conselho foi marcado para sábado [hoje] justamente” porque
“não tinha possibilidade de participar” dada a importância da sua presença no
Conselho Europeu de Bruxelas, “e dado também que qualquer dos ministros de
Estado tinha impedimentos que não lhes permitiam assegurar a condução do
Conselho”.
“Será um Conselho
de Ministros normal no qual teremos também a preparação do próprio exame
regular (do programa de assistência) em agenda, tal como teremos no Conselho de
Ministros que terá lugar na semana seguinte”, disse.
Passos Coelho
admitiu que “todas essas matérias”, incluindo as poupanças de 4 mil milhões de
euros, “estão em discussão dentro do Governo”.
“Não há um momento
especial para produzir essa discussão. Há muito tempo que vimos preparando essa
matéria. Ela não deixará de estar na agenda do próximo Conselho de Ministros,
como já esteve na do anterior, como estará no da próxima semana”, reforçou.
Passos Coelho
lembrou que “o Governo comprometeu-se com a ‘troika’ a encontrar poupanças
permanentes de cerca de 4 mil milhões de euros que possam alcançar ate 2014”,
podendo uma parte dessas poupanças ser mesmo “identificadas para vigorar já no
ano de 2013” e afirmou que o Governo mantém “esse horizonte e esse objetivo”.
Segundo o
primeiro-ministro, há três ordens de razões para proceder a essas poupanças,
designadamente o facto de tal poder vir a proporcionar no futuro uma
“fiscalidade menos pesada para os portugueses, diminuir o rácio de dívida pública,
e permitir que no futuro alguma poupança suporte investimento público com
retorno económico que seja capaz de gerar emprego”.
Sem comentários:
Enviar um comentário