A Escola Portuguesa
de Bissau (EPB) foi hoje encerrada por ordem judicial, devido a um litígio
sobre o direito de propriedade do terreno, disse à Lusa o diretor do
estabelecimento.
Wilson Barbosa
disse que não entende o encerramento, pois supostamente o caso já tinha
transitado em julgado e o terreno tinha sido cedido à cooperação portuguesa,
mediante acórdão do Supremo Tribunal de Justiça de 2007.
"Houve uma
reviravolta, a escola foi encerrada em pleno processo de avaliações. Faço votos
de que até que terminem as férias possamos retomar, independentemente de quem
venha a ser o direito de propriedade", disse, explicando que as cerca de
três centenas de alunos entraram de férias na passada sexta-feira e que as
aulas devem de recomeçar a 02 de abril.
A EPB foi erguida
num terreno onde em tempos existiram estaleiros da empresa de construção Soares
da Costa, que o terá doado à cooperação portuguesa, explicou o responsável.
A escola tem alunos
desde a pré-primária ao 12.º ano, a maioria guineenses mas também de diversas
outras nacionalidades, de portugueses a norte-americanos, de espanhóis a
italianos ou franceses, disse o diretor.
É reconhecida pelo
Ministério da Educação da Guiné-Bissau e "é uma escola de
referência", funcionando segundo o currículo português, explicou,
acrescentando que o litígio deveria ser resolvido em paralelo ao funcionamento
do estabelecimento.
Fonte da embaixada
de Portugal em Bissau disse à Lusa que a embaixada está a acompanhar a situação
com preocupação.
FP // JMR - Lusa
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