PMA – MLL - Lusa
Maputo, 25 mar
(Lusa) - A Liga dos Direitos Humanos (LDH) de Moçambique condenou hoje a morte
"bárbara", na semana passada, de um motorista de transporte de
passageiros, vulgo "chapa", pela polícia moçambicana.
Segundo relatos da
imprensa, o motorista, 31 anos, foi baleado, quando pôs o seu veículo em
marcha, após ser interpelado pela polícia, alegadamente por fazer
"ralis" na via pública, num bairro dos arredores de Maputo.
Outros relatos
referem que os polícias quiseram extorquir dinheiro ao motorista e que este, ao
tentar evitá-los, foi alvejado mortalmente.
A morte provocou a
ira da população, que tentou invadir a esquadra local, arremessando pedras, ao
que a polícia respondeu com tiros para o ar.
"A LDH condena
veementemente este vil e bárbaro ato e reitera a sua posição de que a punição
deve também recair sobre as hierarquias mais altas da corporação, que nada
fazem para estancar esta onda de atrocidades praticadas por estes homens
treinados para defender o povo, mas que viram seu inimigo", refere um
comunicado de imprensa da LDH.
Na nota, assinada
pela sua presidente, Alice Mabota, a organização dispõe-se a prestar apoio
jurídico à família da vítima.
O baleamento do
motorista segue-se à morte, no final de fevereiro, do taxista Mido Macia pela
polícia sul-africana, que originou uma onda de contestação na África do Sul e
em Moçambique.
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