MMT – MLL - Lusa
Maputo, 25 mar
(Lusa) - A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, apelou aos
militantes, este fim de semana, na Beira, centro de Moçambique, para não se
recensearem, visando materializar o plano de boicote às eleições autárquicas de
20 de novembro.
A Renamo tem
ameaçado boicotar as eleições gerais e autárquicas em Moçambique, por discordar
da lei eleitoral recentemente aprovada no parlamento, considerando que não
garante a integridade do processo eleitoral.
O partido liderado
por Afonso Dhlakama boicotou este mês a constituição de uma comissão
parlamentar 'ad-hoc' para selecionar membros da sociedade civil para a Comissão
Nacional de Eleições (CNE), aprovada em 2012 ao abrigo da nova lei eleitoral.
Falando aos membros
e simpatizantes, o chefe da mobilização da Renamo ao nível da cidade da Beira,
Horácio Calavete, disse que a maior força política da oposição de Moçambique
"não vai permitir que haja recenseamento eleitoral e muito menos eleições
autárquicas deste ano e gerais do próximo ano".
"Não estamos a
dizer que não vamos concorrer às eleições deste ano. Estamos a dizer que não
permitiremos que haja recenseamento eleitoral e muito menos eleições autárquicas
deste ano e gerais do próximo ano. A Frelimo e a Comissão Nacional de Eleições
estão a brincar connosco", disse.
Horácio Calavete
considerou a legislação eleitoral aprovada pela Assembleia da República
"um documento que visa oficializar o roubo de votos", pelo que, se a
Frelimo pretender realizar eleições à base da lei, que seja "fora do
território nacional, numa ilha ou espaço aéreo que não seja de
Moçambique".
Se for concretizado
o boicote pela Renamo, dos partidos com representação parlamentar apenas a Frelimo,
no poder, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), concorrerão às quartas
eleições autárquicas.
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