quinta-feira, 14 de março de 2013

Timor-Leste em alta no índice de desenvolvimento, Guiné-Bissau aproxima-se dos últimos

 


PDF/CSR/SBR/FPA/PSP // VM - Lusa
 
Cidade do México, 14 mar (Lusa) -- Timor-Leste ganhou cinco posições, desde 2007, no índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da ONU, enquanto a Guiné-Bissau se aproximou dos últimos lugares, em que continua Moçambique, segundo dados hoje divulgados.
 
Sob o lema "A Escalada do Sul: Progresso Humano num Mundo Diverso", o relatório de 2013 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), hoje divulgado, mostra uma tendência de estagnação da posição dos países lusófonos, sendo a evolução de Timor-Leste a exceção positiva.
 
Entre os países do Leste da Ásia e o Pacífico, Timor-Leste registou o maior crescimento médio anual no índice, entre 2000 e 2012, figurando este ano na 134.ª posição, nos países com IDH médio.
 
Embora em 2013 tenha estagnado, ganhou cinco posições desde 2007, entre os 187 países.
No entanto, no que diz respeito às desigualdades, Timor-Leste apresenta a maior lacuna da região (33%), sendo seguido pelo Camboja (25,9%).
 
A pontuação dos países resulta de uma ponderação de estatísticas económicas e sociais, incluindo Educação, Saúde ou esperança média de vida.
 
Pela negativa, continua em destaque Moçambique, que está em 185.º lugar, apenas à frente do Niger e da República Democrática do Congo, está Moçambique, cujas subidas contínuas de pontuação não têm resultado em subidas na tabela.
 
O relatório situa ainda Moçambique entre os primeiros quatro países do continente africano com maior taxa de incidência de Pobreza (IPM -- Pobreza Multidimensional, que considera as carências de Saúde ou Educação), junto com a Etiópia Libéria e Serra Leoa (77%).
 
Entre os países de desenvolvimento médio, categoria a que foi promovido pela ONU em 2008, Cabo Verde recuou uma posição, de 131.º para 132.º, apesar de uma ligeira melhoria da pontuação.
 
O melhor registo do país remonta a 2009, quando se qualificou na 118ª posição, mas, logo em 2010, registou uma queda de 15 lugares, não alheia ao aumento do número de países analisados pelo IDH.
 
O país lusófono melhor posicionado na tabela é Portugal, o único considerado de desenvolvimento muito elevado, que perdeu quatro posições no ano passado, por ter sido ultrapassado por outros países, uma vez que a sua posição registou uma descida marginal.
 
Entre os países de desenvolvimento elevado, o Brasil estagnou na tabela desde 2007, apesar de muitos dos seus programas de inclusão ao nível da Saúde, Educação ou Rendimento serem modelo a nível internacional.
 
Dos países lusófonos no grupo de baixo desenvolvimento, São Tomé e Príncipe é o melhor colocado (144.ª posição, que mantém desde 2007).
 
O valor do desenvolvimento são-tomense tem vindo a crescer desde 2005, quando era de 0,488, até 0,525 em 2012.
 
Angola subiu uma posição nos últimos cinco anos, para 148.º, mantendo a tendência de aumento ligeiro da sua pontuação.
 
Em média, os países perdem 23,3% da sua pontuação quando se contabiliza as desigualdades, e Angola é o que mais perde (43,9%), estando a República Checa no extremo oposto (5,4%).
 
Com uma classificação de 0,364 pontos, a Guiné-Bissau está este ano na 176.ª posição do IDH, exatamente o mesmo que em 2011, à frente apenas de 11 países.
 
Apesar de ter vindo a melhorar a pontuação desde 2005 (de 0,348 em 2005 para 0,361 em 2010), a sua posição no ranking desceu quatro lugares desde 2007.
 
Quando se tem em conta as desigualdades, o índice da Guiné-Bissau desce 41,4% para 0,213.
 
* Ler mais sobre Timor-Leste em TIMOR LOROSAE NAÇÃO
 

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