MLM/TCA – ZO - Lusa
Grupos de pessoas,
sobretudo desempregadas, ocuparam hoje, de forma simbólica e pacífica, as
instalações dos centros de emprego de Évora e Estremoz e da Segurança Social de
Évora, em protesto contra as medidas de austeridade.
Os manifestantes,
entoando palavras de ordem e empunhando cartazes contra as medidas do Governo,
ocuparam os edifícios durante cerca de uma hora, sem registo de quaisquer
incidentes, apesar de alguns terem sido identificados pela PSP.
"Governo rua,
a luta continua" era uma das frases inscritas em cartazes empunhados pelos
manifestantes, a maior parte deles desempregados.
Um dos
manifestantes, Mário Barreiros, de 37 anos e desempregado há um ano e meio,
explicou à agência Lusa que o protesto foi promovido por grupos de pessoas para
demonstrarem o seu "descontentamento" com as medidas de austeridade.
"As medidas de
austeridade são cada vez mais gravosas", criticou, exigindo que o Presidente
da República destitua o Governo.
O
primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou na sexta-feira numa declaração
ao país um pacote de medidas que vão poupar nas despesas do Estado 4,8 mil
milhões de euros, até 2015, que inclui o aumento do horário de trabalho da
função pública das 35 para as 40 horas, a redução de 30 mil funcionários
públicos e o aumento da idade da reforma para os 66 anos de idade, entre
outras medidas.
O Governo pretende
também criar uma contribuição sobre as pensões e prevê o aumento das
contribuições para os subsistemas de saúde dos trabalhadores do Estado
(nomeadamente a ADSE) em 0,75 pontos percentuais, já este ano e 0,25 % no
início de 2014.
O primeiro-ministro
anunciou ainda que o Governo pretende limitar a permanência no sistema de
mobilidade especial a 18 meses e eliminar os regimes de bonificação de tempo de
serviço para efeitos de acesso à reforma.
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