segunda-feira, 6 de maio de 2013

Desempregados ocupam Segurança Social e centros de emprego de Évora e Estremoz




MLM/TCA – ZO - Lusa

Grupos de pessoas, sobretudo desempregadas, ocuparam hoje, de forma simbólica e pacífica, as instalações dos centros de emprego de Évora e Estremoz e da Segurança Social de Évora, em protesto contra as medidas de austeridade.

Os manifestantes, entoando palavras de ordem e empunhando cartazes contra as medidas do Governo, ocuparam os edifícios durante cerca de uma hora, sem registo de quaisquer incidentes, apesar de alguns terem sido identificados pela PSP.

"Governo rua, a luta continua" era uma das frases inscritas em cartazes empunhados pelos manifestantes, a maior parte deles desempregados.

Um dos manifestantes, Mário Barreiros, de 37 anos e desempregado há um ano e meio, explicou à agência Lusa que o protesto foi promovido por grupos de pessoas para demonstrarem o seu "descontentamento" com as medidas de austeridade.

"As medidas de austeridade são cada vez mais gravosas", criticou, exigindo que o Presidente da República destitua o Governo.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, anunciou na sexta-feira numa declaração ao país um pacote de medidas que vão poupar nas despesas do Estado 4,8 mil milhões de euros, até 2015, que inclui o aumento do horário de trabalho da função pública das 35 para as 40 horas, a redução de 30 mil funcionários públicos e o aumento da idade da reforma para os 66 anos de idade,  entre outras medidas.

O Governo pretende também criar uma contribuição sobre as pensões e prevê o aumento das contribuições para os subsistemas de saúde dos trabalhadores do Estado (nomeadamente a ADSE)  em 0,75 pontos percentuais, já este ano e 0,25 % no início de 2014.

O primeiro-ministro anunciou ainda que o Governo pretende limitar a permanência no sistema de mobilidade especial a 18 meses e eliminar os regimes de bonificação de tempo de serviço para efeitos de acesso à reforma.

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