Mafalda Ganhão -
Expresso
O Governo e os
sindicatos da Função Pública vão iniciar uma nova ronda de reuniões a partir da
próxima semana. À saída do encontro de hoje, FESAP e Frente Comum denunciaram a
urgência do executivo em fazer aprovar uma proposta "inaceitável".
"Estivemos aqui para dizer que não aceitamos esta proposta", afirmou
a coordenadora da Frente Comum dos Sindicatos da Função Pública, à saída do
encontro com o secretário de Estado da Administração Pública.
"Este Governo
está a governar em ditadura" e quer fazer "reuniões a correr para
lixar os trabalhadores", mas "nós precisamos de tempo",
acrescentou Ana Avoila.
"A nossa forma
de atuar é discutir primeiro com os trabalhadores. Só depois poderemos dar uma
resposta", disse.
Antes de Ana Avoila
,também a Frente Sindical da Administração Pública se voltou a mostrar
indisponível para negociar qualquer situação "menos clara",
esclarecendo que na reunião desta manhã com o Governo apenas foi possível
"tentar clarificar" que propostas estão em cima da mesa para os trabalhadores
da Função Pública.
Segundo o balanço
de Nobre dos Santos, da FESAP, à saída do encontro com o secretário de Estado
da Administração Pública, hoje apenas ficou estipulada a marcação de uma série
de reuniões "a começar a partir da próxima semana" para a discussão
dos vários temas.
"Não há
disponibilidade nenhuma para admitir e aceitar o despedimento dos trabalhadores
tal como foi anunciado", reiterou Nobre dos Santos.
Por sua vez, a
coordenadora da Frente Comum apelou ainda aos trabalhadores para estarem
"em massa" frente ao Palácio de Belém no próximo dia 25 de maio,
"para dizer aquele senhor que lá está que tem de demitir este Governo e
convocar eleições antecipadas".
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