quinta-feira, 6 de junho de 2013

Portugal: FNE MANTÉM GREVE DE PROFESSORES APESAR DE RECUO DO GOVERNO

 

 
Ministério da Educação puxou do último trunfo e garantiu aos sindicatos que não haveria professores em mobilidade antes de 2015. Para a FNE, contudo, isso não chega.
 
O líder da Federação Nacional da Educação, João Dias da Silva, revelou nesta quinta-feira, no final do processo de negociações sobre a mobilidade especial, que o Ministério da Educação e Ciência se mostrou disponível para criar “condições especiais” de aplicação deste regime aos docentes, nomeadamente a garantia de que pelo menos até 2015 nenhum deles entrará em mobilidade.
 
A FNE considerou, contudo, que tal não é suficiente, porque o mesmo não se aplica aos restantes funcionários públicos. Por isso, manterá o calendário de greves já anunciado e que se inicia já amanhã com o primeiro dia de greve às avaliações internas dos alunos que farão exames nacionais.
 
Dias da Silva reconheceu que esta posição, face ao recuo do MEC, poderá “defraudar as expectativas dos professores”, mas insistiu que o mesmo aconteceria se a federação a que preside aceitasse uma lei que permite despedimentos na função pública.
 
A posição da FNE foi conhecida no final de uma longa maratona negocial iniciada às primeiras horas da manhã desta quinta-feira e que termina, assim, sem um acordo entre Governo e sindicatos que permitiria evitar as greves às avaliações e aos exames nacionais marcadas para este mês.
 
Não se conhece ainda a posição final da Federação Nacional de Professores (Fenprof), o sindicato mais representativo do sector, mas o seu secretário-geral, Mário Nogueira, em declarações proferidas a meio da tarde, já deu a entender que as propostas hoje apresentadas pelo Governo não chegam para desmobilizar os protestos.
 

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