Ministério da
Educação puxou do último trunfo e garantiu aos sindicatos que não haveria
professores em mobilidade antes de 2015. Para a FNE, contudo, isso não chega.
O líder da
Federação Nacional da Educação, João Dias da Silva, revelou nesta quinta-feira,
no final do processo de negociações sobre a mobilidade especial, que o
Ministério da Educação e Ciência se mostrou disponível para criar “condições
especiais” de aplicação deste regime aos docentes, nomeadamente a garantia de
que pelo menos até 2015 nenhum deles entrará em mobilidade.
A FNE considerou,
contudo, que tal não é suficiente, porque o mesmo não se aplica aos restantes
funcionários públicos. Por isso, manterá o calendário de greves já anunciado e
que se inicia já amanhã com o primeiro dia de greve às avaliações internas dos
alunos que farão exames nacionais.
Dias da Silva
reconheceu que esta posição, face ao recuo do MEC, poderá “defraudar as
expectativas dos professores”, mas insistiu que o mesmo aconteceria se a
federação a que preside aceitasse uma lei que permite despedimentos na função
pública.
A posição da FNE
foi conhecida no final de uma longa maratona negocial iniciada às primeiras
horas da manhã desta quinta-feira e que termina, assim, sem um acordo entre
Governo e sindicatos que permitiria evitar as greves às avaliações e aos exames
nacionais marcadas para este mês.
Não se conhece
ainda a posição final da Federação Nacional de Professores (Fenprof), o
sindicato mais representativo do sector, mas o seu secretário-geral, Mário
Nogueira, em declarações proferidas a meio da tarde, já deu a entender que as
propostas hoje apresentadas pelo Governo não chegam para desmobilizar os
protestos.
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